segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sonho meu, sonho meu...

Eu sempre me assusto um pouco quando sonho com alguém. Nunca sei exatamente se esse sonho é apenas um emaranhado de lembranças, a expressão de algum desejo meu, uma projeção ou algo do tipo.
De vez em quando algumas pessoas renascem das cinzas em meus sonhos, em situações totalmente esdrúxulas, e fico me perguntando como e por que elas foram parar lá.
Ou então, sonho repetidamente com pessoas próximas, em situações parecidas. Isso quer dizer alguma coisa ou é apenas uma resposta de meu cérebro à montanha de informações que ele recebe o dia inteiro. Por que aquela pessoa? Por que aquela situação específica? 
A situação mais grave é quando, de algum jeito, eu sei que o sonho é um aviso. Simplesmente sabendo. Eu falo claramente de coisas que alguém vai fazer ou falar e elas se concretizam de forma bem próxima. #medo E quando eu sonho com determinada pessoa e descubro que essa pessoa estava falando de coisas que estavam em meu sonho? #maismedoainda
Diante de tudo isso, é difícil saber quando devo falar que sonhei com alguém, quando devo tentar perceber um recado para mim mesma ou, no mínimo, quando devo fazer força para lembrar dos números que teimaram em aparecer na fase R.E.M do meu sono. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Eu disse: olha o fogo, olha o fogaréu!!!

E já é São João!!!
Época boa para dançar, comer e tomar licor, porque ninguém é de ferro.
Este ano o calendário nos deu um nó, e o São João caiu bem no final de semana. Como eu posso dar uma fugidinha na sexta-feira, menos mal.
Minhas festas juninas não são assim um exemplo de animação (não é, 31ª??), afinal não tenho muita gente ao meu redor disposta a ralar o bucho. Pelo menos dá para comer e jogar conversa fora em volta da fogueira.
E como não poderia deixar de ser, nada de enfiar o pé na jaca. As comidas juninas são uma tentação atrás da outra, então o lema para o período é: moderação, moderação e moderação.
Espero que a chuva dê uma trégua, que é para eu pelo menos poder fazer uma caminhada.
Então fica aqui meu desejo de bom São João a todos (e meu sinto muito àqueles que não comemoram essa festa deliciosa).
Inté a vorta.

domingo, 17 de junho de 2012

Faltam 1h06min...

E hoje acabam as minhas férias.
Estudei, malhei, nadei, assisti aula e até descansei nem de longe quanto gostaria. Alternei cochilos à tarde com páginas e mais páginas de um trabalho sobre dumping social. Misturei aulas sobre direito do trabalho com filmes quase que esquecidos em meu HD. É, a gente faz o que pode, não é mesmo?
A volta ao tronco trabalho se dará em situação menos complicada do que imaginei. Coincide também com as férias do curso de italiano e com a minha saída a princípio temporária do Pilates. A vida não pode ser de todo ruim, apesar de tudo hehehe
Ou seja, esse período de férias não foi o ideal? Não não foi. Não foi como eu gostaria? Não, não foi. Deu para descansar? Não, não deu. Só lamento. Era o que tinha para hoje. Coragem, o São João vem aí!
Vamos colocar um sorriso na cara, tomar um chazinho e ir dormir porque amanhã já tem processo piscando para mim em cima de minha bancada. E olha que eu nem terminei meu trabalho da pós ainda...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Não é o que você disse, mas a forma como disse...

Já ouvi e falei muitas vezes essa frase. Num apego quase irracional ao tom e às expressões faciais, fingimos aceitar bem aquilo que nos foi dito. A realidade é um pouco diferente.
A realidade esconde que, por trás de palavras duras, por vezes até grosseiras, normalmente está a preocupação de alguém que não encontrou outra forma de atingir seu objetivo, que é ajudar.
A pegunta é: quem nos deu o direito de machucar em nome de ajuda? Quem nos permitiu ultrapassar a linha tênue da dureza e ofender aqueles que amamos? Mais: quem decide o que é ajudar?
Quando nos damos conta, já ofendemos, já magoamos, já machucamos, e pior, provavelmente nem ajudamos.
E fica a ressaca moral, remoendo o que deveríamos ter falado de diferente, o ponto exato em que ultrapassamos o limite e atingimos em cheio um amor, uma amizade.
No fim, o que resta? Ter a humildade de pedir desculpas e torcer para que elas sejam aceitas. E rezar para que a pessoa entenda que fizemos o que fizemos com a melhor das intenções apesar dessa frase soar horrível e cafona.



O Poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Pablo Neruda 


domingo, 10 de junho de 2012

Faxina de corpo e alma

Hoje é dia de limpar. Dia de esvaziar gavetas, jogar papéis fora e arrumar aqueles que sobreviveram ao ímpeto devastador de desapego.
Hoje é dia de fazer aquela seleção e verificar quais objetos estão sem uso há mais de um ano sem que tenham um lastro sentimental que justifique isso. 
Hoje é dia de ver quais livros merecem sair da prisão da estante e circular suas histórias para emocionar outras pessoas ou não.
Hoje é dia de mexer nas lembranças e perceber quais delas já não trazem lembrança nenhuma ou guardam lembranças que não merecem ser lembradas.
Hoje é dia de dosar o desapego. Às vezes, quando eu me dou conta, quero me desfazer de tanta coisa que depois fico com medo de me arrepender. Quase nunca me arrependo. Pelo menos por enquanto.
E, aos poucos, meus pertences vão se reduzindo. Uma estante, um gaveteiro, um maleiro com objetos que, já sendo meus, ainda não são, porque fazem parte de uma vida que eu ainda não tenho.
Pior, cada vez mais, tenho mais resistência em comprar objetos para a vida que tenho hoje, como se o gasto não valesse à pena, como se o pouco tempo será? nessa vida atual não compensasse o custo. 
Assim, é como se eu me preparasse para uma mudança, para ter o mínimo de coisas para levar. Só que eu não sei bem quando essa mudança vai acontecer, então a faxina tem de ser realizada periodicamente, que é para eu não correr o risco de acumular coisas inúteis que só vão me fazer perder tempo na hora de encaixotar tudo e, de alguma forma, deixar essa minha vida para trás.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Ah, as férias...

Estou aqui, de perna para cima, tomando uma água de coco, curtindo o dolce far niente... Mentira!!!! Quer dizer, a parte da água de coco é até verdade.
Estou aqui tirando o atraso das aulas da pós, fui malhar, já encomendei torta para os aniversariantes do mês no trabalho, já ajudei a coleguinha... Ainda falta estudar italiano, fazer os trabalhos da pós...
Quer saber o pior? Eu coloco o celular para despertar 06:00h, 06:30h, mas só acordo 05:15h. Faça-me o favor!!!
Mas estar de miniférias tem seu lado bom, ainda que a viagem tenha dado errado. Só o fato de não precisar arrumar a mala todos os dias antes de sair, separar almoço, lanche, roupas para vestir etc etc etc já é um alívio e tanto. Tem ainda o cochilinho da tarde, não precisar usar salto alto o dia inteiro...
Ou seja, ainda que não seja aqueeeele período de férias com aqueeeeela tão sonhada viagem, a mente já descansa e agradece por esse relax.
Ou seja, vamos aproveitar, baby!!!

sábado, 2 de junho de 2012

Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa e tudo não parece funcionar...

Olha eu reclamando aqui outra vez... Estou chata? Sim, estou. O que eu posso fazer se ganhei de presente outro inferno astral e não estou conseguindo sair dele?
Depois da polêmica das férias, resolvi tirar alguns dias, pois fiquei com medo de não conseguir sair depois.
Estava até animada, ainda mais que na semana do feriado ia rolar uma viagenzinha... Ia, passado do verbo não vai mais, porque nosso anfitrião ficou doente e não poderia sair com a gente, além de outras restrições e risco de contaminação. 
Não bastasse a chateação por não poder mais viajar e gastar dinheiro cancelando a passagem, também fiquei puta da vida porque já tinha desmarcado alguns médicos que, sem querer, tinha agendado para o final de semana do feriadão e não poderia ir porque ia viajar. Aff!
Eu sei que nada disso é motivo para grandes chateações, mas eu fiquei frustrada, porque, no fim das contas, tirei férias e a única coisa que vou fazer de diferente é estudar e não trabalhar. Legal, né? Quer saber a verdade mesmo? Fiquei com raiva, fiquei chateada, chorei e tudo mais. E pronto. Nada de #pollyannafeelings!!!!
Aí vem o outro problema. Quando eu estou em uma fase assim meio nebulosa, prefiro ficar na minha, meio sozinha, que é para acabar não descontando em ninguém. Mas algumas pessoas não entendem isso e ficam em cima. Isso vai me deixando com mais raiva, mais, mais, mais, até que sobra para a pessoa. O que acontece então? Eu fico com fama de problemática, de chata, de grossa. Ninguém lembra que foi a outra pessoa que não respeitou meu espaço. Eu não peço muito, é só me deixar quieta no meu computador, assistindo TV ou qualquer coisa assim. Isso não é hora de perguntar sobre meus dias ainda mais se está perguntando por obrigação, até porque o risco disso virar um DR ou uma briga idiota é altíssimo. Custa ficar na sua por um tempo? Não é preciso fazer disso um drama, às vezes basta uma horinha para o pico emocional passar. Ou seja, durante um tempo, é só ficar junto sem estar grudado, evitar assuntos polêmicos ou que remetam a situações complicadas e pronto. Já, já passa.