domingo, 29 de dezembro de 2013

B-I-C-I-C-L-E-T-A

É claro que eu não poderia deixar de vir aqui e atualizar como andam minhas aventuras sobre duas rodas. Lá se vão mais de duas semanas desde que peguei a primeira laranjinha e resolvi sair pelas ruas de Salvador. E o que aconteceu nesse período?
Aprendi. Aprendi que a rua tem de ser um espaço de todos. Aprendi que devemos respeitar para ser respeitados. Aprendi que temos de nos impor, mas também temos de ceder. Aprendi que temos de ocupar nosso espaço. Aprendi que temos de ser educados para essa nova realidade e que isso leva tempo, mas já demos a primeira pedalada.
Ainda me assusto? Sim. Ainda faço besteira? Sim também. Mas estou adquirindo experiência e confiança. Já sei, por exemplo, que andar no Rio Vermelho é péssimo. Que não adianta tentar fazer o pedestre entender que andar na ciclofaixa é o mesmo que andar no meio da rua. Que não adianta ir para a rua como ciclista com a mentalidade metade motorista, metade pedestre. Que não adianta tesar, principalmente com quem é maior que você em um carro, numa briga de mesma natureza, pode não acontecer nada. Na bicicleta, pode ser fatal. Que não custa nada ficar atento na hora de destravar a bike com o uso do aplicativo. Que a democratização do acesso às bicicletas é boa, mas é preciso fazer com que as pessoas aprendam as regras, para não se colocar e não colocar os outros em perigo.
Tenho procurado fazer trajetos mais curtos de bike e deixar o carro na garagem quase que diariamente o que mata são as ladeiras. Pqp!!!. No Natal, pedalei cerca de 15km. Quer ver por onde passei? Clica aqui! Ainda não consigo conceber ir para o trabalho de bike, ou ir para um lugar onde precise estar arrumada, porque o calor é demais #cuscuzmodeon. Mas dá para ir para a academia, fazer massagem, pequenas compras...
O bom é que, com essa brincadeira, os quilinhos ganhos no Natal já foram embora! E percebo meu condicionamento físico melhor. O joelho, por enquanto, não berrou, então vamos ver como ele se comporta.
A minha meta é ver até que ponto essa onda não é fogo de palha. A bike do Itaú tem o inconveniente de não ter um tamanho adequado, de não estar sempre disponível e a limitação de tempo que é totalmente necessária, mas já paguei R$5,00 duas vezes por causa de 3 ou 4 minutos. Fora que às vezes a corrente solta, o banco não permanece na altura que você ajustou, o freio não está muito legal. Mas, no geral, não tive problema e olhe que já usei umas 15 vezes a bike, acho.
Então, se eu realmente pegar gosto pela coisa, devo investir em uma bicicleta adequada ao meu tamanho, ao meu uso e às minhas posses. Espero que a economia de combustível sirva, pelo menos, para pagar as parcelas da magrela.
Então, que 2014 venha com muitas pedaladas, para quem é do pedal, muitos passos para quem é da caminhada, muitas piruetas para quem é da dança, muitos golpes para quem é da luta, muitas braçadas para quem é da natação e muito sofá para quem é do sedentarismo e não tá afim de ser retirado dele. Um beijo enorme e nos vemos em 2014!!!


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

HO, Ho, ho...

E a noite de Natal chegou. E você se dá conta de que a noite perdeu a magia. E a quebra do encanto não se deu simplesmente porque você cresceu e não acredita em Papai Noel. Não, a mágica acabou, porque o Natal perdeu a alegria, a energia. A alegria do encontro, da bagunça. A confusão do amigo secreto porque várias pessoas que não levaram presente querem participar. A ceia meio repartida, porque alguém sempre chega atrasado.
Infelizmente, talvez as próximas gerações sequer conheçam o que é um Natal em família. Pelo menos em minha família. E quando digo família, digo todo mundo. Junto e misturado. Parentes, aderentes e agregados. Gato, cachorro e papagaio.
Para mim, não tem mais graça esse negócio de Natal basicamente para comer. É, porque até existe a troca de presente, mas não tem o mesmo entusiasmo. E essa história de dia de Natal, para mim, tem gosto de prêmio de consolação. Na minha concepção, o dia de Natal é o dia de comer o que sobrou da ceia, ver os amigos que estavam com suas famílias e ficar de boréstia, porque a comilança foi pesada. Minha ideia é essa. Talvez seja uma percepção infantilizada, de alguém que não passou de fase, apesar dos 31 anos batendo na porta. Mais um tema para a terapia. Juro que falo disso.
Para mim, o ritual de dar e receber presente é muito mais do que uma obrigação temporal, marcada por datas fixas. Eu adoro procurar presentes e farei de tudo para encontrar algo que seja a cara da pessoa. Às vezes isso não é possível, e eu recorro ao presente genérico. Mas mesmo essa categoria traz em si uma preocupação, um cuidado. Nem sempre acerto, é verdade, mas me esforço. E de vez em quando me decepciono, não por receber um presente barato ou igual ao de várias pessoas, mas por perceber que foi um presente comprado sem nenhum sentimento além daquele de obrigatoriedade. Obrigada, mas passo.
Então, sinceramente, se for para continuar nesse esquema, prefiro criar uma nova tradição de Natal. Viajar talvez. Meditar. Dormir. Rezar. Qualquer coisa que faça a data adquirir um novo e real sentido. Porque os quilos ganhos com a comilança não são diretamente proporcionais à alegria da noite.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

E o que você fez?



Mais um Natal e, no fim das contas, eu tenho é de agradecer pelos presentes que ganhei ao longo desse ano. Sim, para mim 2013 não foi terrível, como tenho visto muitas pessoas dizerem por aí. Tantas coisas boas aconteceram, vamos recapitular?
Eu casei em 2013!!! E tive uma lua de mel maravilhosa. 
Me mudei em 2013. Ainda que não seja a minha casa, é a minha casa. E se ano passado eu estava tristinha porque não passaria Natal no meu cantinho, esse ano tenho árvore, pisca-pisca, enfeites e presentes no meu "banco de Natal".
Em 2013, descobri que morar junto é uma coisa boa, mesmo com todas as tarefas, responsabilidades e atividades chatas que decorrem disso.
Eu viajei para a Itália por um mês em 2013! E, de quebra, ainda fiz um curso de italiano. Isso sem esquecer das pessoas maravilhosas que conheci por lá, da comida maravilhosa, do joelho escalifado de tanta caminhada e escadarias...
Em 2013, tive o melhor resultado com a atividade física e a dieta e vesti roupa 38 ok, vamos esquecer o mês de dezembro, a coisa está um pouco complicada nesse quesito.
Também fui para a rua protestar em 2013. E fui para o estádio torcer. E vi meu time subir para a primeira divisão. E terminei minha segunda pós. E andei de bicicleta na rua.
Será que estou esquecendo alguma coisa? Acho que não. De qualquer forma, esses são ou não são bons motivos para agradecer?
Claro que esse ano teve seu lado negativo, acontecimentos chatos, preocupações, problemas. Mas se 2014 vier trazendo o mesmo tanto de coisas boas, já está valendo.
Então, para aqueles que tiveram um ano bom, um ano mais ou menos ou um ano péssimo, meu desejo de Natal é que 2014 seja um presente. E que nós nos façamos presentes, seja nas nossas vidas, seja na vida daqueles que amamos. Porque os astros, Deus, os orixás, as forças cósmicas, o destino, Alá, Buda, Jeová podem até influenciar os acontecimentos, mas muita coisa depende de nós mesmos. Então, que nós tenhamos força, fé, sabedoria, coragem, ímpeto e alegria para fazer de 2014 um ano inesquecível e cheio de possibilidades!









quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Salvador vai de bike. Vai mesmo? Vai como?

Hoje, finalmente, consegui usar pela primeira vez uma laranjinha e me arrisquei pelas ruas de Salvador. Se eu disser que foi divertido, estarei mentindo. Mas foi interessante, pelo menos para conhecer.
É muito, muito complicado dividir espaço com os carros e ônibus. Ainda mais considerando que a bicicleta não tem retrovisor e que, como você deve andar no mesmo sentido que os carros, não vê o que vem logo atrás #láele mas às vezes consegue perceber os sinais de luz dos motoristas de ônibus estressados. Também é complicado andar à direita da via, porque o asfalto é muito irregular, há um grande perigo de você se desequilibrar. E ainda tem de lidar com os motoristas esquizofrênicos que, quando passam por você, buzinam. Na certa acham que estão te alertando de alguma coisa. 
Aí eu descobri que não tem nenhuma estação na Barra. Eu tinha lido algo sobre a desativação de uma estação, mas não sabia exatamente qual era. Achei que havia mais de uma estação na Barra. Nunca poderia imaginar que, depois de Ondina, a próxima era a da Centenário. Ou seja, não consegui ir e voltar em meia hora e tive de pagar R$5,00. Por que não deixar a estação no Porto, já que de lá as pessoas podem ir para a Vitória, Centenário...
No entanto, pior do que os carros, do que os ônibus, do que os buracos, do que o asfalto irregular, do que a insuficiência de estações, são os pedestres. Sim, os pedestres, essa raça de gente sem noção que acha que pode andar em qualquer lugar, de qualquer jeito, a qualquer hora. Sim, esse bando de imbecil que mesmo tendo um passeio todo livre à sua disposição, prefere andar na rua e não sair da frente quando a bicicleta vai em sua direção. Sim, esse monte de gente ignorante que escolhe se jogar no meio dos carros a atravessar a rua na faixa, ainda que esteja andando em direção a ela. Sim, esses mesmos que, quando são atropelados porque estavam fazendo merda, ainda colocam a culpa no motorista. Meu sonho é que chegue o dia em que pedestres serão multados da mesma forma que os veículos #prontofalei
Para concluir, vou dizer o óbvio: precisamos todos ser educados. Precisamos aprender a lidar com os maiores e com os menores. Os ciclistas não precisam afrontar os carros, da mesma forma que os pedestres não precisam andar no meio da rua sem sair da frente quando uma bike vem em sua direção, somente para mostrar que ele tem prioridade ou sei lá o que é que passa na cabeça de um idiota que prefere se arriscar ao invés de andar na calçada. 
Não sei se vou mais andar de bicicleta fora da ciclofaixa, porque o que era para ser diversão vira estresse, e aí perde a graça. Ainda mais do jeito que a Barra está, com essas obras todas. Fui tentar dividir espaço com os pedestres, praticamente andando com a bicicleta, e ganhei foi um roxo na perna, além de um imbecil curtindo com a minha cara, porque tive de frear de vez, já que ele resolveu que queria andar rebolando na frente da bike. A mente humana realmente é um mistério.