segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Tchau, 2012!

É, 2012 não está indo embora como imaginei. Aliás, acho que nem imaginei nada. Não me programei, não me organizei, e agora, neste momento, faltam 04h30min para a virada do ano e estou em casa. Não que me sinta atraída por essas festas ou réveillons performáticos. Mas a contagem regressiva não está exatamente me deixando ansiosa exceto talvez pela mega da virada, que acontece daqui a pouco, quer dizer, já aconteceu, então não conta. Para não dizer que não vai rolar nada, comprei um espumante. A calcinha é nova porque ganhei de presente. A roupa é velha e provavelmente vou ficar descalça, afinal, estou em casa mesmo... A ideia de dormir está povoando a minha mente. Eu devia era ter comprado uma camisola nova. Até gostaria de animar meu estado de espírito, porque entrar o ano novo nessa vibe não deve ser muito bom. No entanto, minhas companhias não podem ser chamadas de pessoas animadas. Aí fica difícil, né? 
Pelo vista, 2012 se vai exatamente como foi o ano todo: cheio de altos e baixos, com todas as emoções possíveis. Acho que se eu decidir passar a virada dormindo, posso começar 2013 sonhando. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Entre laços e abraços, é Natal!!!

Ainda não fiz uma mensagem de Natal. Há tanto para desejar! Tanto para agradecer. Algo para lamentar. Mas mais ainda, muito para sonhar.
O espírito de Natal demorou a aparecer este ano, um tanto quanto intimidado com necessidades mais urgentes e, por ora, mais importantes. No momento certo, no entanto, ele deu o ar da graça, materializando-se em atenções travestidas de lembranças e presentes. 
Mas não são só os presentes. É algo maior, é a presença. É compartilhar, participar, apresentar-se. Relembrar que está à disposição. Não custa nada dizer àqueles que amamos que gostamos de sua companhia. Que gostamos dessa overdose de família. Sim, essa família é muito unida! Ainda que um pouco desgarrada, que seja cada dia mais difícil organizar os diversos núcleos. Somos uma família!
E os amigos então? Quase uma maratona para conseguir encontrar todo mundo! Entre taças de vinho, fatias de pizza e fim de mundo, entre aniversários, bêbados, retrovisores e uma torta colorida muito torta, é muito bom ter amigos, sejam eles secretos, sacanas ou declarados.
Então, que no Natal tenhamos olhos para ver aquilo que é importante. Que os laços de fita desmanchados sejam sinônimo de sorrisos gratuitos. Que as lembrancinhas assumam o tamanho do carinho que o bolso não pode representar. Que cada minuto ao lado de quem gostamos seja visto como o maior dos presentes e aproveitado como tal. E para aqueles que acham tudo isso uma baboseira, que o vinho esteja na temperatura certa e o pernil bem gostoso!!!! 


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Eu também vou reclamar....

Sim, eu ainda acredito que temos de reclamar. Ainda que pareça inútil.
Hoje um cretino bêbado, sem habilitação nem documento quebrou o retrovisor do meu carro e seguiu seu caminho como se nada tivesse acontecido.
Agindo de forma impensada, eu dei a volta no carro e o segui. Por sorte, uma viatura da polícia estava passando, gritei o que tinha acontecido e eles seguiram comigo atrás do cara.
Quando conseguimos que ele parasse, os policiais pediram os documentos, os quais obviamente ele não tinha, dado o tempo que levou fingindo que estava procurando.
Resumo da ópera. Segui para fazer a ocorrência e, quando já estava vindo embora, os policias chegaram. O cara estava preso na parte de trás da viatura, por conta da embriaguez e porque, pasmem, bateu em outro carro enquanto estava sendo conduzido para fazer o boletim.
Fiz certo em seguir o cara? Não. Foi uma reação absurdamente perigosa. O indivíduo podia ter uma arma e ter acontecido uma tragédia. O cara não vai pagar meu retrovisor. No entanto, ele foi detido e tomou pelo menos um susto. Se passar uma noite na delegacia, já valeu meu retrovisor quebrado.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

São tantas emoções...

O mais legal de casar depois de casar, óóóbvio, mas essa parte eu ainda não sei, é claro, é lidar com emoções.
Seja o exato instante em que Erico pressionado pelo melhor estilo ou dá ou desce, me disse, com todas as letras, que depois de já ter passado tantos momentos difíceis, como ele não poderia querer passar os melhores ao meu lado, seja a entrega dos convites e ver pessoas realmente emocionadas com aquele pequeno pedaço de papel, seja a alegria de ver cada coisinha ficando pronta. Isso sem falar nas emoções que não estão ligadas ao casamento, mas que continuam fazendo parte de nossa vida. Vitórias de pessoas queridas, sonhos se realizando, limites sendo superados. Sim, são muitas as emoções.
Eu espero já ter chorado tudo o que tinha para chorar mas não acredito nisso com muita firmeza. Ainda assim, a cada convite entregue, a cada convocação surpresa, a cada amigo que se disponibiliza, é impossível prever como os sentimentos vão se manifestar. Cada reação é única.
Por isso que eu me pergunto: que importa se o desenho do guardanapo está para cima ou para baixo ainda mais depois que abortaram meu barraco na gráfica?, se os enfeites são de pérolas ou de cristais, se o vestido é longo ou curto, se o noivo vai vestir terno ou bata?
O que importa é que cada pessoa que nos rodeia e que está nesse fluxo de energia é importante. Cada uma delas, do seu jeito, participou, partilhou, conviveu, influenciou nossa história super clichê, mas vá lá! O que importa é que essas pessoas se preocupam com a gente. Que querem nosso bem e farão o que estiver a seu alcance para nos ver felizes. Cada uma à sua maneira.
Daí que eu chego à conclusão que, ainda que eu considere somente a emoção e alegria que vivi até aqui,  nem todos os muito obrigados do mundo serão suficientes.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A economia do amar

Às vezes, eu sei que não posso exigir de algumas pessoas mais do que elas podem me dar. Mas inconscientemente acabo esperando delas algo além daquilo que elas me prometeram. E fico chateada, não só por não receber aquilo que eu gostaria, mas por ter esse desejo equivocado. 
Pior é nem poder explicar o porquê da cara amarrada, pois a pessoa vai acabar se sentindo cobrada, o que não é justo!
Já ouviu falar em sinuca de bico? Muito prazer!
Equilibrar a relação entre o que esperamos do outro e o que o outro se comprometeu a nos dar em troca é um dos pontos chave para o sucesso de uma relação. Claro, afinal, amar nunca foi um verbo intransitivo. Também não é uma equação matemática, do tipo: olha, eu te dou um pouco de carinho, aí você me retribui com um beijo, a gente soma um cafuné e subtrai um ciúme besta. Porque fazer carinho no outro é bom para quem faz e quem recebe. Ninguém beija sozinho no máximo beija a mão, o espelho ou a laranja. Fazer sexo é um ato que exige, no mínimo, duas pessoas. Ou seja, tudo que fazemos num relacionamento vai e volta isso não é um trocadilho
Agora, a partir do momento em que um dos dois faz algo somente pensando naquilo que receberá em troca, aí sim a coisa fica estranha. Sentimentos e atos ligados a eles não podem ser considerados moedas de troca.  
Atenção, carinho, compreensão, palavras e silêncios, colo, tudo isso são coisas que fazemos e pronto. Só recebemos em troca se a outra pessoa pode, sabe e quer retribuir, na quantidade e do jeito que ela é capaz.  Se não satisfaz, conversa para tentar equilibrar ou parte para outra. 
Esse câmbio nem sempre é favorável aos dois. E não adianta partir para a especulação sentimental, inflacionando cobranças para buscar um retorno favorável do investimento feito ou pacotes para acelerar o relacionamento: se os dois não estiverem dispostos, o resultado é uma crise de proporções planetárias.  

sábado, 24 de novembro de 2012

Achei o que nem estava procurando

Hoje procurando frases para o casamento, li por acaso esse texto, que achei minha cara.

Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dói a ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.

Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que a culpa é dele, ou que não o amo mais.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: "Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!"

Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: "Poxa, mais um?"

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro - filho, amigo, amante, marido - não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

Preciso dizer mais alguma coisa? Lya Luft às vezes sabe ser imbatível.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

As coisas têm peso, massa, volume, tamanho, tempo, forma, cor, posição, textura, duração, densidade, cheiro, valor, consistência, profundidade, contorno, temperatura, função, aparência, preço, destino, idade, sentido.

Não sei se falei que há umas duas semanas tive uma "crise" depois da acupuntura. Respirava fundo sem estar com falta de ar, fiquei exausta... Não quis ir para a emergência, porque sabia que era decorrência da sessão que tinha feito mais cedo. A questão era saber o que tinha acontecido.
Uma semana depois, descobri. Um ponto relacionado a angústia não havia sido estimulado como nas outras sessões. Por isso a respiração difícil, a exaustão... Engraçado que sempre que a acupunturista perguntava se eu sentia angústia, eu dizia que não. A resposta correta veio, então, de outro jeito.
Daí que eu passei a olhar um pouco para mim e ao meu redor e ver exatamente o que eu sentia. Sim, tem muita coisa guardada aqui em meu peito. Coisas que nem sei nominar. Coisas que não posso externar. Coisas que até precisaria compartilhar. Coisas que teimam em querer ganhar o mundo, mas que precisam ser engolidas novamente, sem água nem nada para ajudar a descer, como uma pílula amarga, mas que não serve para curar nada. Coisas que muita gente tinha de ouvir. Coisas que eu gostaria que fossem ouvidas, mesmo que eu falasse baixinho. Coisas pintadas em tons raivosos, tristes ou decepcionados. Coisas travestidas de expectativas e esperanças. Coisas fantasiadas de medos e arrependimentos. 
Cabe um mundo dentro da minha mente e outro maior ainda dentro do meu coração. Quantas expedições serão necessárias para desbravar esses territórios? Algum dia farei um mapa?


domingo, 18 de novembro de 2012

Que horas vem o mel?

Sim, mais complicado que a saga vampiresca Crepúsculo, que inclui chifres e perdão, é a odisseia para a compra de passagens e reserva de hotel para a lua de mel. Tá, boa parte da dificuldade vem da época escolhida - mea culpa, mea maxima culpa -, alta estação na maioria dos destinos.
Mas esse não é o único problema.
Outros destinos são impossíveis nesta época do ano, porque chove ridiculamente muito. Ou porque chove absurdamente pouco. Ou porque é o reino insuportável de Papai Noel. Ou porque nós já fomos nesses lugares.
Ou seja, quando juntamos todas essas variáveis, conto nos dedos da mão esquerda de Lula o nosso leque de destinos. Quer ver?
Buenos Aires está quase descartada. As passagens estão muito caras. 
Jericoacoara está no páreo, porque milagrosamente consigo até comprar com milhas, mas perco um dia de viagem.
Chile acabou entrando na disputa, porque a passagem está mais barata que para a Argentina, mas ainda assim está cara.
Aí fico aqui, com o site do Smiles de um lado, o Submarino de outro, o Melhores Destinos em outra janela, e a calculadora para arrematar.
Alguém tem mais sugestões?

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cinquenta borrões de... de que cor mesmo?

É, eu tive de me render ao fenômeno de vendas e downloads Cinquenta tons de cinza. Eu já estava criticando apenas pelos trechos aos quais tive acesso, mas não achei isso lá muito justo com E L James.
Levei 03 dias para terminar o bichinho. Minha opinião: muito barulho por pouco. Ainda acho meio ridículo ouvir afirmações do tipo: o pornô para mulheres tem de ter romance; mulheres gostam de história que, além de sexo, tenha amor. Blá, blá, blá.
Talvez por isso tenha achado o início do livro de uma babaquice inverossímil sem limite. Meus hormônios, minha deusa interior saltitante, descargas elétricas. Blá, blá, blá de novo.
Aí lemos coisas do tipo: ele me beijou lá, ele vai fazer isso mesmo?, ele passou a mão naquele lugar, ele tocou meu sexo. Já disse blá, blá, blá?
Não podemos esquecer as amarras sem trocadilhos morais e puritanas, com julgamentos subliminares sobre o que é e o que não é aceitável. Venda pode, choque não. Mordaça pode, fogo não. Quem define o limite do prazer e do patológico? Por que alguém não pode sentir prazer sendo submisso e sentindo dor? Por que a mulher não pode ser submissa no sexo sem que isso represente uma afronta à pretensa igualdade dos sexos? Por que a mulher dominar tem de ser uma exceção? Por que alguém sentir prazer dominando e submetendo outra pessoa é doentio? O que é o fetiche? Por que uma relação baseada somente em sexo não pode dar certo? Por que é a mulher que tem de querer o algo mais, o sentimento?
Não sou nenhuma especialista em sexo ou profunda sem trocadilhos de novo conhecedora do assunto, mas penso que as mulheres ainda têm muito o que evoluir neste terreno, porque pintar como revolucionário um livro adolescente Crepúsculo, Amanhecer, Anoitecer e Cia com pitadas de erotismo é a mais clara manifestação de que ou ainda guardam um quê de dama na sala, puta na cama, ou de que nem sabem ainda do que são capazes e do que merecem.
Ah, alguns trechos de sexo são até bons e podem render  inspirações no mínimo interessantes. Vale mostrar para @ parceir@. Temos de ser justos não é?

domingo, 28 de outubro de 2012

Ela é colorida, ela é multicor

Hoje Salvador vai dormir de outra cor.
Uma cor requentada, mas com verniz de cor nova. Uma cor que tem cheiro, de vingança, de retaliação.
Uma cor que já conhecemos e que um dia rechaçamos.
Uma cor que só brilha para algumas camadas da população.
Uma cor que me traz angústia. 
Uma cor que se contrapõe a outra que nem sei se combinaria mais com Salvador, mas que não é necessariamente uma cor mais bonita.
Uma cor que vem acompanhada de um discurso sem muita convicção, com críticas por vezes infundadas e confusas.
Uma cor que nem é a cor preferida de tantos que a escolheram, mas é apenas a cor oposta no círculo cromático. 
Uma cor com a qual teremos de conviver por pelo menos 04 anos. 
Viva à cromoterapia.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um dia perfeito

Depois de um dia de graxeira, com direito a dor nas costas e mãos despelando, hoje foi daqueles dias em que tudo se encaixa perfeitamente. Sabe "atirar no que viu e acertar no que não viu"? Pois então.
Saí para resolver uma pendência. Resolvi umas 03. Resolvi pendência que eu nem sabia que estava pendente. Quer coisa melhor na vida?
É uma pena que nem todos os dias sejam assim mágicos. Mas só de tirar algumas preocupações do juízo eu já respiro mais aliviada. Afinal, o tempo está passando e ainda há uma ruma de coisa para resolver, seja do casamento, seja dos documentos para entrar com a ação contra a PDG cadê meu apê, seja da pós pra que eu inventei, meu Deus?...
E minhas férias já estão quase acabando...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Porque eu sei que é amor

Amor-amor, amor-amigo, amor-irmão. Amor-paixão. Amor-companheiro. Amor-amante. Amor-cuidado. Amor-igual, amor-diferente. Tantas faces, tantos jeitos, tanto amor.
Quando achamos que aprendemos o que é o amor e o que é amar, vem a vida e mostra que a gente não sabe é nada. Que o amor inventa e se reinventa a cada dia. Que ele pode ter dimensões muito maiores do que imaginamos. Que ele tem tantas formas quantos são os corações nesse mundão de meu Deus. Que ele tem força e coragem para superar barreiras, preconceitos e dificuldades. Que ele, para completar, precisa ser inteiro.
Por tudo isso, quando vejo a celebração do amor, me emociono. É lindo ver duas pessoas reafirmando seus sentimentos, mostrando ao mundo sua vontade de ficar juntas. Me sinto privilegiada de ter presenciado um pedido de casamento tão bonito também porque foi no lugar onde eu pedi Momô em casamento, com direito a música, lírios e jogral, além da participação especial de amigos queridos.
Mais lindo ainda foi ver a emoção, a voz embargada, os olhos cheios de lágrimas, as mão que não paravam de apertar o vestido, o receio infundado de não ouvir o esperado sim, a maquiagem borrada.
Meu desejo é que a emoção vivida esteja sempre presente nas lembranças de todos que tiveram o prazer de participar desse dia, principalmente nos momentos de dificuldades. E quando vierem as discussões sim, elas virão, que elas nunca percam de vista o motivo que as levou a desejarem ser um casal, porque às vezes, ao longo do tempo, vamos esquecendo de como foram os primeiros passos da caminhada. O importante é nunca esquecermos porque decidimos caminhar de mãos dadas e rumo ao mesmo destino.

PS. Este post foi feito a pedidos. Espero que goste! 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A saga do vestido perfeito

Mesmo um tanto contrariada, decidi começar a buscar meu vestido de casamento. Afinal, algumas pessoas dependem de minha escolha para decidir suas roupas. Sim, é provável que eu não use branco, apesar dos protestos generalizados.
Passei horas e horas batendo perna e entrando em t-o-d-a-s as lojas do shopping para ver se encontrava alguma coisa de meu agrado. Foram poucos os que tocaram meu coração. E olhe que fechei os olhos para o fato de a loja ser cafona tá, umas duas muito cafonas eu pulei, clássica leia-se de velha ou carerérrima. Abri o coração e olhei tudo. Experimentei pouquíssimos. Reservei dois. Comprei um. Ainda falta outro. 
Cheguei às seguintes conclusões. A moda está um saco. Modelos iguais estilo vestido da Mônica, cores escuras e sem graça, preços irreais. Sim, eu acho caro pagar R$ 700,00 num vestido de tecido comum, sem nada de diferencial exceto a etiqueta. Imagine ainda pagar esse valor para usar o vestido uma vez só? Sem condições. Outra coisa é que eu devo ter cara de pobre. Em algumas lojas as vendedoras sequer olharam em minha cara. Em outras, se eu não tivesse pego os vestidos das araras e pedido meu tamanho, não teria conseguido experimentar nada. Azar o delas, pois os dois lugares em que me atenderam melhor foram onde eu encontrei os vestidos de que mais gostei. Em uma das lojas, fechei a compra. Na outra, ainda há a possibilidade de eu comprar.
Uma coisa legal que aconteceu foi ter sido chamada de magrinha em duas lojas diferentes hehehe Eu precisava ter gravado isso, mas ainda bem que tenho testemunha ocular e auricular. Esse ser magrinha, no entanto, tem me trazido alguns problemas, pois meu corpo da cintura para baixo decidiu não ser tão magrinho quanto da cintura para cima. Daí já viu, né, P em cima, M embaixo. Se vire nos 30 para dar conta de achar roupa.
Depois dessa odisseia, decidi que vou esperar mais um pouco para comprar o outro vestido desculpa, madrinhas, a única coisa que adianto para vocês é: não escolham vestido azul, lilás, verde-água ou afins. Este mês é uma entressafra, meio primavera, meio verão, mas ainda com um pé no inverno única justificativa para tanto preto e marrom nos cabides. Além do mais, fiquei meio saturada de shopping, afinal, uma maratona de 6h correndo de loja em loja não é para qualquer uma. E olhe que ainda nem comecei a olhar sapato... 

domingo, 14 de outubro de 2012

É só uma picadinha de nada!

Essa semana eu fiz minha primeira sessão de acupuntura lá na clínica onde estou fazendo pilates.
Acabei escolhendo o lugar pela identificação com a profissional meio óbvio né?. Sabe quando você toca num assunto e a pessoa sabe do que você está falando? Foi mais ou menos isso. Lembram da caipiroska que foi feita com meu joelho lá em Recife? Então, ela disse que também fazia esse procedimento sangria, nome tudo a ver na acupuntura. Aí comentei sobre o Chi Kung e ela também sabia do que se tratava. Me identifiquei.
Só a consulta levou quase 1h. Interessante que ela falou que muitos aspectos de meu corpo estavam totalmente coerentes com o meu perfil, como a minha língua. Eu tenho língua geográfica, que, do ponto de vista ocidental, é uma lesão benigna, sem maiores implicações e cuja origem é um tanto obscura. Do ponto de vista da medicina oriental, as regiões da língua correspondem a órgãos, o que significa que quailquer alteração diz respeito a determinada área de nosso corpo.
Outra coisa da qual nunca tinha ouvido falar foi a umidade, que tem relação inclusive com alimentos crus e derivados de leite será que vou parar de comer leite também?.
Bom, o que importa é que já dormi melhor nesses primeiros dias, sem ficar ruminando pensamentos por infindáveis minutos antes de pegar no sono.
Minha próxima investida é na acupuntura estética e kinesio tape ou esse joelho melhora ou diz porque não melhora!.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Tu dimmi quando, quando...

Click.
Aquele exato instante em que algo deixa de ou passa a fazer sentido.
O segundo em que a ilusão se desfaz.
O tempo em que uma promessa deixa de ser possível e passa a ser inalcançável.
A ponte que rui sob nossos pés.
As palavras outrora ditas passam a ser ouvidas em outro idioma não identificado.
Dá para saber quando isso acontece? Ou as pessoas não veem os sinais porque caminham às cegas, sem saber nem que rumo querem tomar? 
E quando os caminhos se bifurcam? Será que ainda é possível encontrar rotas alternativas fora das estradas já traçadas?
Em que momento o coração se torna um fóssil que impede as pessoas de serem maleáveis?
E se aquilo que alguém deseja torna impossível a convivência com o outro, seja esse outro quem for?
E quando se cansa? 
Ou simplesmente se desiste e deixa pra lá?

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Um dia daqueles sem graça

E de repente, vem o desânimo.
Será a chuva, que teima em cair nesses dias de primavera? Ou o sono, que não me deixa levantar da cama na hora em que eu acho que deveria? As noites mal dormidas? Ou simplesmente cansaço? TPM? Tudo junto?
Não gosto de me sentir desanimada, principalmente quando não consigo romper o círculo vicioso que esse comportamento encerra.
Vamos esperar que o pacote de férias+sol consiga me tirar dessa prostração, até porque eu tenho um milhão de coisas para conquistar e não posso ficar aqui parada! 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Limões, laranjas e reformas. O que isso tudo tem a ver?

Esses dias li um texto muito interessante sobre relacionamentos. O post fazia uma comparação das relações humanas com uma plantação. Falava que as pessoas compram sementes de limão e, quando a planta nasce, estranham porque não nasceu laranja. Aí reclamam que o limão é azedo. Inevitavelmente vem o questionamento: você não plantou limão? Por que raios esperava que nascesse um pé de laranja?
Outra comparação feita no texto é a de que pessoas começam relacionamentos como quem compra apartamento já pensando na reforma. Quem escolheu a pessoa/apartamento? Por que não escolheu um que não precisasse de tanta quebradeira?
Dá para dizer que alguém foi enganado? Que não viu bem a muda que estava levando? Ou de que a planta do imóvel não era bem o que você estava esperando?
Por que insistimos em um modelo que é fadado ao fracasso? Ou alguém ainda tem a ilusão de consegue mudar o outro? Por que não tentar ser feliz ao lado daquela pessoa que, apesar de ser diferente de nós e graças a Deus por isso, tem muitas qualidades e encantos? Se não tivesse, você não a teria escolhido lá trás, dentre tantas outras. 
É inviável procurar alguém que seja nosso espelho, nossa sombra. A beleza da vida e dos relacionamentos é conseguir lidar com aquelas pessoas que têm defeitos e quem não tem?, que tem convicções diferentes e até objetivos diversos. O desafio é encontrar os pontos em comum, buscar o equilíbrio, aprender a ceder. E não é demérito algum ceder!!!
Não adianta tentar mudar a essência do outro, até porque, com isso, o outro deixa de ser outro e passa a ser alguém de quem você nem sabe se gostará de verdade. Ninguém aqui defende a síndrome da Gabriela eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabrieeeeeela, eu sou a maior prova disso. A questão é que existem coisas que não mudam. Uma pessoa que é mandona nunca vai ser submissa. No máximo pode aprender a ponderar mais, ouvir os outros, entender que é preciso levar em conta a opinião alheia. Por outro lado, quem é passivo jamais será alguém com perfil de liderança e iniciativa. Tá, até podem existir exceções, mas as exceções servem, acima de tudo, para confirmar a regra.
Então, que tal olhar para o lado e abraçar seu pezinho de limão ao invés de ficar sonhando com laranja? Quem sabe não rola uma caipiroska bem gostosa? Ou então, pega seu apartamento e muda os móveis de lugar. Melhor do que sair quebrando tudo. Depois, nem você vai saber o que fazer com tanto entulho. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Porque alegria de pobre dura pouco.

Um ano. Esse foi o tempo que levei sem correr, sem fazer estripulias com o joelho, na expectativa de curar a fissura de menisco e bursite e derramamento articular e condromalacia que me assombrou em setembro/2011.
A boa notícia é que as fissuras, a bursite e a condromalacia foram embora. A má notícia é que estou com uma sinovite e vou ter de tomar anti-inflamatório e fazer fisioterapia.
Minha raiva maior não é nem por estar com uma inflamação. É que o animal criminoso que fez meu laudo colocou que meu joelho esquerdo estava dentro da normalidade!!! O direito só tinha uma alteração de sinal, que é uma lesão superficial. Ou seja, o imbecil do médico deve ter olhado o exame da PQP ele para fazer o laudo. Ou então, sinovite agora é o novo preto, garotas!! Não pode deixar de ter!! 
Gente, sabe o que é uma pessoa quase chorar de felicidade porque o exame deu normal e quase chorar de tristeza porque era uma pegadinha do Malandro? Essa pessoa sou eu hoje.
Eu sei que o resultado que alcancei foi muito bom, porque reverter uma fissura de menisco requer disciplina e dedicação e um personal porreta como o meu!. Mas o balde de água fria de ter de esperar mais um pouco é meio chato.
Assim, hoje vou dormir a little down. Mas amanhã eu tô boa, porque tenho de ficar animada para fazer minhazzzz fisio.. zzz terapia... zzzz...
Beijo tchau!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mimos

Hoje ganhei dois presentes lindos. Não vou entrar em detalhes do que se tratam os dois, mas falarei apenas do ato em si de ter sido presenteada.
Ambos os presentes vieram de pessoas especiais.
Um deles tem a marca da necessidade de se exercer o desapego e fazer a energia fluir. São coisas passando a servir a outras pessoas. Quase um legado. Me senti importante por ter tido a honra de ganhar tais peças.
O outro presente é um marco, um início. Não dá para falar muito sobre ele. Ainda. Mas o que dá para dizer é que sorri e chorei de emoção ao receber a notícia. Menos pelo presente em si, mas mais por quem me deu ele. Histórias de vida, histórias de amor, histórias de convivência e intimidade.
Hoje meu dia sem dúvida foi mais feliz.


Ê vida vida que amor brincadeira, à vera
Eles amaram de qualquer maneira, à vera
Qualquer maneira de amor vale à pena
Qualquer maneira de amor vale amar.

domingo, 16 de setembro de 2012

Bem feito

Depois de uma semana convalescente, estou de volta.
Voltei de viagem e paguei um preço caro por ter comido no Mangai e Cia. Sofri ao voltar à minha dieta normal e tive hipoglicemia. Fiquei tão ruim que meus treinos na natação e na academia ficaram comprometidos. Até faltei uma aula do Pilates e como foi Groupon, não repõe
Agora as coisas estão voltando aos eixos graças a um litro de soro caseiro e espero amanhã estar na natação às 07:00h firme e forte.
Quanto aos preparativos, o ritmo está intenso. Save the date sendo entregues, lembrancinhas compradas, topos de bolo prontos são tão lindos!, fornecedores sendo contratados. Ainda me aflige o fato de não ter fechado fotografia, celebrante e som. Mas isso vai se resolver logo, espero!!!!
O 3º casal de padrinhos já foi convidado! Muito emocionante ver as reações de pessoas tão queridas.
Agora estou às voltas com as músicas. Já escolhi minha música de entrada e não vai ser a marcha nupcial.e consegui achar a música de minha daminha trabalho da zorra!!!.
Apesar do trabalhão, cada dia que passa fico mais feliz. Feliz de ver as coisas acontecendo, feliz de estar tão próxima de minha mãe, feliz de vê-la tão animada. Mesmo com toda restrição orçamentária, é uma delícia escolher cada detalhe, fazer com que essa celebração tenha a minha nossa cara. Também é gratificante ver a quantidade de amigos que se disponibilizam a ajudar.
Faltam 118 dias. Vamos que vamos!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ah, as férias....

Gente, como é bom tirar férias. Mesmo que sejam pouquíssimos dias, é bom sair da rotina, mudar de ares, conhecer lugares novos. E que lugares.
Quem diria que Campina Grande e arredores poderia me proporcionar tantas experiências novas.
Ingá, Lajedo do Bravo, Lajedo do Pai Mateus. Lugares incríveis, principalmente os dois últimos. O Cariri Paraibano realmente foi uma grata surpresa. Quem é sensitivo deve perceber muita energia milenar circulando por ali. Como eu não sou, me senti, na verdade, parte de um universo muito maior, me senti um grãozinho de areia no círculo da vida. Diante de tantas pedras enormes, que pareciam colocadas meticulosamente naquele local específico, percebi que na verdade, eu não sei nada. Quando vi inscrições milenares, representações do sistema solar, pedras polidas que brilham indicando caminhos, vi que há muito mais a se aprender com o passado.
Há a parte ruim de conhecer um novo lugar. Comer em Campina Grande foi muito difícil. É chato ficar procurando restaurantes. Um saco a busca por um lugar de comida normal. Gente, não tem quem aguente comida nordestina por dias a fio. Como o fígado dessas pessoas não desintegra?????
A outra parte ruim é se perder. Várias vezes. O Google Maps normalmente acerta, mas em Campina Grande ele mandava a gente entrar na contramão em 95% das vezes. Sério.
Isso sem falar na prática recorrente em Campina Grande de as pessoas passarem gritando nos corredores dos hotéis de madrugada. Ou na política do hotel de não colocar tapete de banheiro, mesmo com o box sendo "fechado" com cortina.
No frigir dos ovos, mesmo com todos esses percalços, vale muito à pena viajar. Cada vez que se conhece um novo lugar, cada vez que um guia no nosso caso, formado em arqueologia e fazendo pós em gestão turística sustentável e mestrado em História fornece informações sobre determinada localidade, cada vez que se entra em contato com pessoas inseridas em uma realidade completamente diferente, a nossa percepção de mundo também muda. E isso não tem preço.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Tempo, tempo, tempo, tempo

Tempo hoje é aquele que eu tenho menos do que gostaria.
Hoje eu durmo muito tarde e acordo muito cedo. Todos os dias. Se sempre abri mão de alguns momentos de sono em nome de conseguir dar conta de tudo que quero fazer, hoje está difícil tirar até um minuto do meu descanso sem que eu reclame.
Quando chego em casa, muitas vezes já depois das 22:00h, começo a pesquisar uma coisa e outra na internet, reunir fotos, fazer cotações e, quando vejo, já deu meia-noite. Infelizmente (ou felizmente, nem sei) café, guaraná e energéticos não tem o mínimo efeito sobre a minha pessoa.
Aí, acordo arrastando correntes, mas me levanto, passo um batom, um rímel e vou à luta, porque o tempo não para e eu tenho um milhão de coisas para conquistar, então não posso ficar aqui parada.
Graças a Deus as coisas no trabalho estão fluindo muito bem, então esse não é um problema a ter de gerenciar. Mas nem só de trabalho vive o homem a mulher. Vive de natação, academia, pós, italiano, mercado, trânsito, noivo, família, bunheads, casamento etc etc etc.
Ainda assim, umas duas horinhas a mais por dia viriam bastante a calhar. Minhas olheiras ficariam bastante gratas, pois eu poderia passar menos corretivo nelas na hora de tentar ficar apresentável.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O tempo ruge...

Na primeira semana pós-marcação da data do casamento, ainda não caí em mim da quantidade de coisa para organizar. Tudo bem que vai ser uma celebração pequena, mas, ainda assim, há muita coisa para resolver, até porque boa parte da decoração e arrumação será feita por nós leia-se eu, mamy, papy e bruna.
Eu reconheço que não me planejei, não juntei dinheiro, não economizei, acho que porque o casamento em si parecia uma coisa tão distante e longínqua... E era, afinal de contas. E continuaria sendo se eu não mudasse o rumo da prosa. 
Duas coisas que são bastante complicadas e já estão fechadas é o lugar nada como nosso lar e o buffet. Já decidi sobre as bebidas, lembrancinhas, tema. Falta fotógrafo, DJ, celebrante. 
E para esclarecer, este blog não vai se tornar um blog sobre casamento, afinal, há mais coisas em minha vida do que julga nossa vã filosofia. Ou vocês esqueceram que eu trabalho, nado, malho, estudo etc etc etc?
Outra coisa, eu pretendo fazer desses 04 meses uma diversão. Vocês não têm ideia de como eu fico feliz em ver minha mãe super animada metendo a mão na massa para fazer as coisas da decoração. Ou de como eu fico orgulhosa de ver minha mãe e meu pai trabalhando juntos, fazendo projeto disso e aquilo para viabilizar essa festa. Só de escrever eu fico emocionada. Ou seja, mais do que uma festa, isso é um momento família.
Minha festa vai ser pequena? Vai. Vai ser simples? Vai. Mas vai ser linda, vai ser a minha cara e vai ser feita  por muitas mãos cheias de amor. Isso é ou não é começar uma vida com o pé direito? Mal posso esperar.

sábado, 18 de agosto de 2012

Sn, 50

  O estanho é um metal maleável e sólido nas condições ambientais. Não se oxida facilmente e é resistente à corrosão. É altamente cristalino. Provavelmente por isso as bodas de estanho se referem aos 10 anos de casamento ou de relacionamento, no meu caso.
  Depois de 10 anos, muitas coisas ficam mais simples se as pessoas estão dispostas a ficar juntas. É um momento em que ou se aceita a pessoa como ela é ou nada vai adiante. Porque a essa altura do campeonato, quem deixa a toalha em cima da cama vai continuar deixando e quem não abaixa a tampa do vaso vai continuar sem abaixar.
 Depois de 10 anos, não há mais espaço para segredos bobos e constrangimentos infundados. Para um casal que quer ficar junto, a relação é transparente. Cada um conserva a sua individualidade, seu espaço, mas a relação flui sem mistérios.
  Quando eu penso que poderia ter casado há mais tempo e coisas do tipo, percebo que a coisa talvez não tivesse dado certo. Quando perguntavam porque a gente não tinha casado, Erico sempre brincava e eu ficava puta da vida de que para casar tinha de conhecer muito bem a pessoa. No fim das contas, ele estava certo. Hoje a gente se conhece muito, se entende e se aceita. E isso não acontecia há alguns anos, muito por conta de meu temperamento explosivo. A gente poderia até ter casado, mas não sei se ainda estaríamos juntos hoje.
  Hoje eu percebo como a gente se completa, eu com meu jeito mais dinâmico, meio carreta desgovernada, ele com a postura mais passiva, mais ponderada. Ou seja, eu nunca daria certo com um "Marcello", o relacionamento dele com uma "Erica" não iria adiante. E pronto.
   E assim, que venha o casamento, que venham as batalhas de uma vida a dois, que venham as dores e as delícias de compartilhar sua existência com alguém. 



"Os opostos se distraem, os dispostos se atraem"


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O que há é o que é e o que será...

Talvez eu esperasse mais.
Talvez esperasse palavras prontas que se encaixassem no quebra-cabeças de minhas dúvidas.
Ou uma fórmula mágica que me dissesse exatamente o que fazer e como fazer. Ou se fazer.
Ouvi coisas boas, mas não exatamente aquilo que desejava ouvir. Então tais discursos não aqueceram meu coração.
E aí eu fico aqui ruminando reflexões e mastigando emoções, que é para tentar digerir tudo e pensar em uma atitude a tomar.
Será que dá? E se não der? Dá para voltar atrás? As ideias não saem de minha cabeça. Crio roteiros, dirijo cenas, edito imagens que, de tão imaginadas, já me parecem reais.
É melhor se jogar no melhor estilo quem-sabe-faz-a-hora-não-espera-acontecer ou atender aos anseios de cautela e planejamento?
Não tenho muito tempo para decidir, seja por agir ou me omitir.
No fim das contas, como sempre, a escolha cabe a mim. Mesmo sabendo que não há novidade nisso, ainda assim não devo conseguir dormir.

domingo, 12 de agosto de 2012

O que ganhei do meu pai

Neste dia dos pais, como quase todo mundo, venho prestar a minha singela homenagem ao meu.
Divido com meu pai tantas coisas que nem sei se cabem aqui.
Herdei de meu pai o amor pelos livros, a leitura desenfreada e frenética de quase tudo que caísse em nossas mãos.
Ganhei de meu pai a herança genética do traço de talassemia.
Tenho, assim como meu pai, um jeito marconiano de ser que é um pouco ofuscado pela herança espenhola.
Temos uma real atração por discussões infrutíferas e que não agregam nada a ninguém.
Meu pai me deu de brinde a falta de bunda e que foi reforçada pelo lado de minha mãe.
A vontade de saber de tudo um pouco: é, foi meu pai quem me presenteou.
Uma personalidade teimosa, revoltada e insatisfeita quando as coisas estão erradas: sim, meu pai tem, e eu também.
Tenho que ser honesta e dizer que brigo muito com meu pai, apesar de que tantas vezes ele nem sabe disso. Brigo porque quero que ele se cuide, brigo por conta das posturas dele, brigo por causa da pirraça. 
Brigo porque amo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A felicidade dos outros é a nossa

Sabe energia que contagia? É assim que me sinto hoje.
Olho para os lados e vejo amigos felizes. E fico feliz também. Uma que está casando, outra que saiu de casa e está super realizada em sua casa nova, outra que fez uma festa de aniversário linda, outro que tem uma noiva linda e fofa ao seu lado, outro que está passando no concurso, outra que arrumou um estágio... Como não sorrir ao ver tanto amor e tanta energia boa?
Eu tenho uma coisa meio entrona, gosto de participar da felicidade alheia, de ajudar no que for preciso, de me envolver. Só faço isso com as pessoas que gosto, claro!! E normalmente quando sou chamada.
Apesar de ficar absurdamente alegre com as conquistas de cada um, não nego que por vezes me bate uma ponta de inveja sim, sou humana e tenho sentimentos feios #mejulgue.
Eu olho para parte do meu enxoval guardado nos maleiros e penso que eu deveria, a essa altura do campeonato, estar organizando meu chá de cozinha.
Recebo convites de casamento e imagino como será o meu.
Aí penso em soluções, procuro alternativas, mas acabo tendo receio de meter os pés pelas mãos. Também sei que não posso deixar as coisas simplesmente acontecerem, tenho de fazer a minha parte. Só não sei o que nem como.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ser tia é padecer no paraíso


Ontem e hoje foram dias de ser tia em tempo quase integral.
Daí que esse exercício do meu instinto materno, na verdade, tem é conseguido afugentá-lo. 
Gente, criança dá trabalho demais. E quando você está de "mãe-postiça", não tem essa de cansou, devolve. Claro, é legal, é engraçado, é até emocionante. Mas é muita responsa, principalmente quando não se é daquelas tias que só servem para estragar do tipo dar bala e pirulito para jantar. É banho, comida que inclui convencimento a tomar sopa e comer folhinhas, regras de educação, diversão, hora de dormir e ser massacrada na cama. É querer um tempinho para você e ter um pingo de gente te chamando para brincar. É ter uma programação e ela de repente virar de pernas pro ar, porque a criança ficou doente, embirrou, dormiu ou qualquer contratempo de natureza semelhante. É precisar trabalhar e não conseguir porque não dá simplesmente para transferir o papel de ser pai e mãe e tia para a televisão ou para a babá. E olhe que hoje a TV fechada tem programas de ótima qualidade. Mas nada como o contato humano, a troca, o aprendizado de ambos os lados, diga-se de passagem
Não estou maldizendo as crianças, não me entendam mal. Eu adoro criança e elas normalmente me adoram. Faço às vezes as mais embirradas virarem minhas melhores amigas. Já tive fase de estar louca para engravidar. Hoje essa vontade está escondida em algum canto obscuro de minha alma. Hoje não me vejo pronta para abrir mão de grande parte de minha individualidade em nome de outra pessoa que vai depender de mim para quase tudo por um bom tempo. Talvez isso seja uma fase, justamente por conta desse meu momento de cuidar de mim mesma. Quem sabe...
Por enquanto, podem continuar trazendo seus filhotes, porque estou amando ficar para titia, tá?

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O que achar das pessoas que acham

Não é novidade para ninguém que já fui adepta de dietas malucas. Dieta da lua, da sopa, japonesa, do shake, da ração humana, ravengar. Desconfio que, quanto mais extravagante o nome, mais atrativa a dieta e provavelmente mais nefastos os seus efeitos.
O que consegui com todo esse "conhecimento acumulado"? Nada, só fiz mal ao meu corpo durante anos a fio e o tornei ainda mais resistente à perda de peso quase como uma super bactéria se torna inatingível pelos antibióticos.  Ou seja, eu tenho plena consciência da merda que fiz a mim mesma desde que eu tinha 12 anos. É mais de uma década de estrago.
E eu posso alegar falta de informação? De jeito nenhum. Sempre fui a nutricionistas, endocrinologistas, a internet está aí com várias revistas e publicações respeitadas e outras nem tanto, facilmente identificáveis. Ou seja, o tema sempre esteve acessível para mim. O bê-a-bá eu sempre soube. Faltava vontade de fazer. Faltava determinação. Na verdade, eu não queria emagrecer: queria ser emagrecida. Como se 10kg a mais tivessem surgido do nada.
É exatamente aí que quero chegar. Hoje sou acompanhada por um nutricionista que entende exatamente qual é meu objetivo. Ele, desde o primeiro momento, apesar da postura radical em relação a determinados alimentos, manteve um posicionamento ponderado e razoável em relação às nossas metas inclusive revendo-as, quando necessário e às minhas limitações, sejam estas ligadas ao meu biotipo ou problemas de saúde.
Meu personal também nunca perdeu de vista até onde podemos e queremos ir. Trabalhamos com uma combinação de fatores complicada para chegar a um resultado que me agrade e que não seja agressivo com aquilo que é determinado geneticamente obrigada, mãe, valeu, pai
Meu professor da natação idem, que sabe quando, quanto e como ele pode intensificar os treinos, analisando a minha técnica, meu espírito competitivo e meus objetivos. Não foi à toa que ele incentivou a minha mudança de horário para a manhã.
Deu para perceber que meu trabalho é todo feito com auxílio e supervisão de profissionais formados, preparados e com experiência em sua área? Ótimo. Guardem essa informação.
Tendo em vista a minha dificuldade em ganhar massa muscular 05 meses de musculação e pilates e quase 0% de aumento, que tal?, eu passei a fazer uso de proteína isolada e BCAA. A proteína isolada é fabricada a partir do soro do leite e o BCAA são aminoácidos. E eu já usava um termogênico à base de guaraná, casca de laranja e chá verde, para tentar manter o meu lerdo metabolismo ligeiramente acelerado.
Aí vem a cena clássica. A pessoa me vê tomando termogênico antes da atividade física, ou a proteína, o BCAA e água de coco depois, e aí vem me perguntar o porquê de eu estar usando essas "coisas". Começa o discurso de que nossa alimentação é suficiente, de que eu poderia comer carne e feijão depois da atividade física que daria no mesmo, blá blá blá.
Mas não se enganem. Há a situação diametralmente oposta. Quando eu falo como uso esses suplementos, sempre aparece o entendido que diz que tal dosagem é irrelevante ou que eu deveria mudar a forma prescrita pelo nutricionista.
Daí eu penso cá com meus botões: para que profissionais da área de saúde, nutrição e educação física se tudo está na internet? Tanta gente consegue aumentar massa muscular, perder peso, reduzir colesterol, baixar taxas de açúcar. Tanta gente prescreve dietas eu mesma já fiz isso, sucos mirabolantes e receitas milagrosas para qualquer coisa que se imagine. Acredite, há quem faça tabela de treinos!! Eu realmente fui muito incompetente de não ter conseguido perder 10kg usando toda a informação disponível nos sites e com os amigos. Poderia ter tomado qualquer coisa óleo de coco, chá verde em cápsula, óleo de cártamo e perdido peso rapidinho. 
É, perdido peso, saúde e talvez minha sanidade.
Então se não ficou claro até agora, vou repetir mais uma vez. A minha fase de fazer loucuras já passou. A de autodidata também. Eu confio naquilo que os profissionais que escolhi para me acompanhar estão me prescrevendo. E faço isso porque sei que eles não traçaram metas absurdas, irreais ou insanas para mim. Porque sei que eles estudaram para saber que determinadas substâncias trazem benefícios se usadas da forma correta e orientada. Porque sei que toda informação precisa ser analisada dentro do contexto pessoal do aluno/paciente, considerando ainda seus objetivos e limitações, não importa se físicas ou psicológicas, e é isso que esses PROFISSIONAIS fazem. Então, a não ser que seja para me trazer alguma informação relevante para me convencer do contrário, você pode até me dizer que prefere não usar nenhum suplemento, mas não me trate como se eu utilizasse anabolizantes, pois estou dispensando o achismo.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais, tem gente que vem e quer voltar, tem gente que vai e quer ficar

Há muitas formas das pessoas entrarem e saírem de nossas vidas. Muitas vezes, uma aparente coincidência faz com que conheçamos uma pessoa incrível. Uma fila de supermercado, a pessoa na bicicleta ao lado na academia, a única cadeira vazia num curso que a gente decidiu fazer de última hora, um amigo do amigo do amigo em comum. Ou seja, basta uma fração de segundos para que a vida se encarregue de colocar alguém em nosso caminho que vai fazer toda a diferença na nossa existência.
Já a saída de uma pessoa de nossas vidas, esta é sempre mais complexa. Digo isso porque são inúmeras as situações. Por exemplo, uma pessoa pode vazar de nosso espaço, porque simplesmente queremos que ela desapareça. Ou até queremos que ela desapareça, mas não queremos de verdade, então ela fica e sai, fica e sai. Outras pessoas nós deixamos que saiam, mais por desleixo do que por vontade. Normalmente são pessoas pelas quais não batalhamos e que normalmente também não batalham por nós. Estas estão inseridas no famoso bordão: a vida separou a gente. E há, claro, aquelas pessoas que deliberadamente decidem sair de nossas vidas. Às vezes somos avisados. Às vezes não. Neste caso, sempre persistirá a dúvida se foi algo que fizemos e se poderíamos ter feito algo diferente. Ou às vezes até sabemos o que poderia ter sido feito diferente, mas não houve qualquer chance disso.
O pior de descobrir que uma pessoa quer sair de nossas vidas ou, por outro lado, não nos quer em sua vida, é notar isso nos pequenos sinais. Claro, é muito raro alguém dizer: olha, eu não te quero mais perto de mim, não te quero mais compartilhando a minha vida. Isso vai sendo feito aos poucos. De repente, percebemos que não fazemos mais parte dos amigos da pessoa no facebook coisas da modernidade. Essa é sutil, porque nem sempre isso fica perceptível logo de cara. Aí acontecem novidades e nós só ficamos sabendo porque alguém deu com a língua nos dentes, pois não sabia do nosso processo de banimento. Ou então, quando o encontro é inevitável, fica aquele silêncio que beira o constrangimento, e a falta de assunto é evidente. 
Quando nos damos conta, um abismo foi criado e não sabemos nem por onde ele começou a surgir, quanto mais quando ele se consolidou. À essa altura do processo, o maior questionamento é se temos o direito de tentar reverter esse quadro. No popular: devemos lutar pela pessoa? Ela quer quer lutemos por ela? Ou o seu desejo é tão somente ver a conclusão do plano que, por vontade própria ainda que mesclada à raiva ou à mágoa, iniciou?

domingo, 15 de julho de 2012

Eu preciso andar, um caminho só...

Eu amo minha família.
Já morei fora e sei o que é sentir falta de estar com eles, de conversar à noite sobre o dia, de trocar figurinhas sobre nada, discutir sobre a casa, sobre os cachorros... Senti muito a distância de minha mãe e perdi as contas de quantas vezes peguei a estrada para pedir ou dar colo durante o final de semana. Ainda hoje estranho quando estou sozinha em casa, já me habituei a ter minha mãe me esperando quando eu chego, mesmo que seja tarde da noite. Adoro quando ela vem conversar sobre sua mais nova empreitada, seja na área de artesanato ou culinária. Já me acostumei a meu pai mostrado alguma nova bugiganga fantástica vendida na China por 1 dólar entregando aqui ele acha coisas legais também!. E hoje acho esquisito tomar café da manhã sozinha, porque é a refeição que acabo fazendo junto com Bruna quase todos os dias ainda que de vez em quando embole o uso do banheiro.
De uns tempos para cá, no entanto, essa relação vem saturando. Sabe aquela vontade quase adolescente de fazer de seu quarto seu mundo, pois sua casa já não o é? Então. 
Todo esse sentimento tem a ver, dentre outras coisas, com prazo de validade. Vamos falar em números?
Eu tenho quase 30 anos, estou com Erico há quase 10 e estou noiva há quase 7 meses. Muitos quases, não?
Assim, eu não assisto muita televisão, mas quase sempre, quando quero ver, já tem alguém assistindo. Há coisas na cozinha que eu gostaria de fazer de forma diferente. Existem assuntos da casa com os quais eu não quero me envolver por sentir que já estou de saída. Odeio aquela postura de "venha nós e vosso reino nada". Fico angustiada com a falta de privacidade. Fico puta da vida com o fato de ter pessoas estranhas entrando em casa mesmo com outras ainda dormindo ou tomando café ainda de pijama. Ufa! Entenderam o que eu disse?
Não é nada especificamente contra nada ou contra ninguém, antes que me chamem de desalmada, que me acusem de estar renegando minha família etc etc etc.
A questão é que eu preciso formar ou consolidar a MINHA família. Eu preciso ter a minha casa. Preciso arrumar ou bagunçar a minha cozinha do MEU jeito. Preciso de um espaço privado, em que meus problemas possam ser meus. Preciso poder estar de mau humor sem que isso vire uma questão diplomática. Preciso que o almoço ou a falta de almoço de domingo não seja motivo para drama. 
Talvez este texto seja uma fruto de uma mistura de TPM com depressão de final de domingo. E provavelmente ele vai ser entendido não pelo lado de uma pessoa que anseia por seu espaço, mas pela ótica de que sou uma pessoa intolaerante, impaciente e egoísta com minha família. C'est la vie...
Resumo da ópera: eu preciso que a PDG entregue meu apartamento, nem que seja para eu dormir acampada lá dentro.

sábado, 14 de julho de 2012

E o tal do mundo não se acabou...

Como eu havia anunciado o mundo ia se acabar, minha consulta com Dr. Alessandro foi quarta-feira.
Nas mãos, resultados de exames e bioimpedanciometria. Na balança, 55kg.
Conversa vai, conversa vem, expliquei que estava insatisfeita com alguns resultados. Apesar de fazer musculação, pilates e natação 2 vezes na semana cada, além de aeróbico nos outros dias, ainda assim meu percentual de gordura não havia baixado tanto e a massa magra aumentou apenas de forma discreta.
Depois das medições e avaliações todas, o que dr. Alessandro disse é que eu era uma paciente muito complexa, para não dizer exótica Danilo diz que eu sou estranha, então estou bem arranjada. Explicou que comigo as coisas tinham de ser no limite. Isso porque, segundo ele, eu não preciso nem posso perder mais peso mooooorram de inveja, mulheres!. Com 53kg, que era o meu peso em fevereiro, meu rosto estava muito magro e chupado, o que me deixou com um aspecto envelhecido. Por conta disso, eu tenho de fazer um trabalho aeróbico, porque há gordura localizada a ser exterminada, mas ele tem um limite, que é a perda de peso. Por outro lado, o ganho de massa magra tem de ser feito de forma extremamente controlada, que é para não acarretar um ganho de gordura, até porque ela aparece nos lugares onde não deve leia-se culotes e flancos.
Ele também falou sobre paciência e sobre beleza, que é estar em harmonia com o nosso biotipo. Quanto a isso, acho que cada dia mais eu entendo o que ele quer dizer. Eu sei que nunca vou ter bunda grande e empinada. Fato. Mas é querer demais que a pouca bunda que eu tenho seja durinha? É ser neurótica querer que meu quadril, que nunca vai ser fino, não seja pura gordura e celulite que mais parece casca de tangerina ponkan? Ou seja, desejar um corpo mais sarado é passar dos limites?
No fim das contas, minha dieta não mudou. Foram inseridas algumas suplementações, como o termogênico que eu já havia tomado antes, para manter meu metabolismo tartaruga acelerado. Outras são vitaminas, redoxon, para dar uma amenizada na anemia. 
De resto, é manter o trabalho e a dieta, com permissão para escapadelas de leve, porque ninguém é de ferro. 
Ah, detalhe que quase ia esquecendo de contar. Conversei com Dr. Alessandro sobre minha ideia de parar de comer carne vermelha e ele falou que não tinha problema nenhum. Ponto. Aí na quinta-feira, eu, Erico, mamy e papys fomos para A Porteira, usar um cupom que estava comprado desde não sei quando não por mim, claro. Enquanto eu e meu pai fomos estacionar os carros, Erico saltou com minha mãe para ir adiantando. De repente, não mais que de repente, quem eles encontram na frente do restaurante: o próprio Dr. Alessandro, que estava no Dique caminhando para não engordar detalhe que ele é super esbelto. Quando eu cheguei à mesa, Erico me contou do ocorrido, daí eu pensei: ainda bem que ele não me viu, senão ia me perguntar se eu havia desistido e fui comemorar minha decisão numa churrascaria.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dá-lhe, Porco, dá-lhe, Porco!

Tanta coisa para falar que temos de eleger prioridades!!
E hoje, com um pouquinho de atraso, o importante é falar do Verdão.
Como muita gente já sabe, eu torço pelo Palmeiras e estou cagando e andando para quem pergunta se eu sou paulista e diz que eu tenho de torcer por um time da Bahia.
Eu escolhi o Palmeiras por conta de seu goleiro, Marcos. Éramos, lá pelos idos dos anos 90, eu e Nice comentando sobre os jogos do final de semana e exaltando o nosso ídolo.
Na verdade, aqui em casa não existe tradição em futebol. Meu pai é o chato, que só sabe sacanear, principalmente o Bahia, o Vitória e a Seleção Brasileira. Meu irmão piorou, nunca deve ter chutado uma bola de futebol na vida dele e ainda torce pela Seleção Italiana que passa a ser a minha seleção somente quando o Brasil não está jogando, até porque os jogadores quase sempre são bem gatos. Bruna eu não vou nem gastar minhas palavras comentando. E minha mãe, hoje em dia, até vem procurar saber os resultados do Palmeiras e sempre vibra durante a Copa do Mundo.
Ou seja, eu sou a ovelha verde da família.
Daí veio a coincidência de Erico também ser palmeirense. Tinha como dar errado?
Com isso, passei a acompanhar mais os jogos e entender um pouco mais da lógica do futebol. Devo reconhecer, no entanto, que algumas denominações fogem um pouco do meu domínio apesar de saber com perfeição o que é um impedimento. Eu gostaria, por exemplo, de entender um pouco mais de esquemas táticos, entender algumas diferenças nas características de determinados jogadores. Mas no geral eu acho que não passo vergonha não.
Então veio a final da Copa do Brasil de 2012. Com um time um tanto quanto duvidoso e com um azar desgraçado com seus jogadores, o Palmeiras foi para o último jogo com uma vantagem difícil de ser superada. Polêmicas à parte até porque elas sempre aparecem, para um lado ou para o outro, a noite prometia. 
O jogo não foi lá muito bonito, mas o importante é que o Coritiba não conseguiu fazer com o Verdão o que achava que faria e que fez no 1º jogo, mas não teve competência para transformar em gol. No fim das contas, 1x1 e o Palmeiras era, depois de 12 anos, mais uma vez campeão de um torneio nacional. O inferno verde tinha um diabo: Palmeiras!
Eu tenho de reconhecer que não tenho nenhuma lembrança da vitória do Palmeiras na Copa do Brasil de 98 e da Libertadores de 99. Para ser sincera, eu não me recordo exatamente em que ano comecei a ser palmeirense, então pode ser que nessa época eu realmente não acompanhasse ainda o mundo da bola. O título do Paulistão de 2008 não me marcou tanto a ponto de me deixar recordações exceto o início da admiração pelo Mago.
Talvez por isso eu sequer imaginasse a emoção que eu sentiria quando vi as imagens da comemoração, quando vi Marcos Assunção, que já foi tão desacreditado quanto seu time vinha sendo, quando vi Bruno ajoelhado chorando pela conquista do título que há tanto tempo não vinha. Mas eu me emocionei. E não chorei por muito pouco, talvez por estar fascinada com uma festa da qual eu nunca tinha feito parte. 
Eu sou uma Palmeirense que primeiro aprendeu a chorar com seu time, para só depois descobrir o que é sorrir!
Que venha a Libertadores!!!

domingo, 8 de julho de 2012

Pode isso, Arnaldo?



A semana é de trabalho duro pela frente, afinal, quem achava que virar Suelen seria uma coisa fácil se deu mal, muito mal.
Minha meta era virar uma mulher fruta. Para não correr o risco de interpretações equivocadas, escolhi uma uva thompsom: fininha, sem caroço e tal.
No entanto, os resultados não foram bem os esperados, afinal, estou mais para mulher pera. Fruta por fruta, melhor pera do que jaca, né não?
A bioimpedanciometria foi uma decepção. Depois de 05 meses fazendo musculação, natação, pilates e bicicleta, qual foi o veredito? Nenhuma mudança. Percentuais de gordura e massa muscular quase invariáveis. Daí eu me pergunto: e esses músculos das minhas pernas e dos meus braços, surgiram de onde? E minha barriga, que não está uma tábua ainda mas também não está nenhuma geleca? E as roupas todas que, mesmo depois de apertadas na costureira, já folgaram de novo? Eu hein... E o mais engraçado. Para o exame, meu percentual de gordura da cintura para baixo está normal, mas da cintura para cima está elevado. Ou seja, eu burramente estou fazendo tratamento estético no culote quando deveria estar fazendo nos braços. Dã, como eu não percebi antes essa obviedade?
Para piorar, quarta-feira tem consulta com o nutricionista abafa o caso que mal passou o São João e a viagem para Ilhéus. Claro que todas essas dúvidas serão devidamente apresentadas para ele, mas das duas uma: ou ele vai mandar eu deixar de frescura, ou vai arrochar de vez a minha dieta acabei de visualizar minha dieta dançando: arrocha, aperta, aperta e amassa. #fantasticomundodebobmodeon
Eu reconheço que tem rolado exceções, eventos sociais etc, essa é a desvantagem de tanto tempo sem ir ao nutricionista. Se essas escorregadas foram realmente causadoras do estrago detectado no exame de bioimpedância, o caso é mais grave do que eu pensava e andar na linha deixa de ser uma opção, mas uma imposição: é isso ou colocar a perder tudo que já alcancei.
E para terminar o post com bom humor porque só rindo mesmo para cair na piscina gelada amanhã cedo, uma tirinha que mostra bem como me sinto.

Beijocas a tod@s!!!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Sou eu?

Incrível como ainda me assusto ao ver algumas fotos minhas mais antigas. O que mais me choca é ver onde cheguei. A falta de cuidado comigo mesma, aliada à falta de vontade e a uma relação problemática com a comida, obviamente não poderia terminar bem.
Aí eu penso na diferença de postura. Antigamente, a insatisfação com meu corpo se refletia em uma dieta maluca, sem orientação adequada, ou seja, nada que fosse gerar resultados concretos e duradouros.
Hoje, essa insatisfação realmente serve como força motriz para um programa de atividades físicas e alimentação adequada.
Eu separei 04 fotos que é para ilustrar bem o que estou dizendo. Aviso logo que as imagens são chocantes.







...








Ainda dá tempo de desistir....








Está sentado?









Depois não diga que não avisei.









Então vamos lá!
















Essa não foi a pior.
















E aí, sentiu o drama? O que é essa pança dobrando, meu Deus???









Sem mais para o momento. Vou ali recuperar o fôlego.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Carne de pescoço

Não sei se vocês lembram, mas a minha dieta tem restrição a carne vermelha. Aqui em casa mesmo nunca compro e quase não como.
Às vezes, no entanto, quando saio ou vou para algum evento, acabo abrindo uma exceção. Principalmente quando tenho de dividir o prato com Erico, que não gosta muito de peixe e come frango no dia a dia isso sem falar das demais restrições alimentares.
Acontece que, das últimas vezes que comi carne, passei muito mal. Lembrei durante dias do que tinha comido se é que vocês me entendem. O que aconteceu na minha barriga não foi uma má digestão, mas uma operação de guerra.
Daí, depois desses acontecimentos trágicos, venho amadurecendo a ideia de parar de vez de comer carne vermelha até porque, na maioria as vezes, o preço que pago depois não compensa o prazer  momentâneo do sabor. Ressalto que não pretendo fazer isso por ideologia ou nada parecido. Respeito a convicção de quem deixa de comer carne por conta de uma filosofia de respeito aos animais e não concordo com quem se diz vegetariano, mas come frango e peixe.
Pretendo, pelo menos por enquanto, continuar a comer penosas e peixinhos. Meu negócio é a carne bovina, porque não é legal o que acontece depois que eu como um simples bifinho. Ou seja, não estamos falando de nada mega gorduroso, frito, filé a parmegiana nem nada do tipo. Um grelhadinho já é capaz de fazer um belo estrago.
Vou conversar com o nutri para saber se isso é adequado, inclusive por conta da atividade física e da anemia herdada de meus antepassados lá do país da bota até porque soja, né, não dá.
Dia 11/07 eu terei uma resposta concreta e aí saberei se os bois e vacas poderão dormir tranquilos sem se preocupar com meu apetite carnívoro.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Estou de volta pro meu aconchego....

Eita que mais uma vez isso aqui está ficando com teia de aranha.
Cheguei hoje de uma viagem curta mas não tão rápida para Ilhéus. Na verdade, estava mais para odisseia do que viagem. Explico.
Eu comprei ou achei que comprei a passagem para sábado. Qual não foi minha surpresa ao tentar fazer o check-in e ver que, na verdade, a passagem era para a sexta-feira? Cortei os pulsos, arrastei correntes, chorei litros e fui dormir me achando o último dos vermes. No sábado pela manhã, Erico já tinha se resignado a não ir, mas eu, com a cabeça mais fresca, fui buscando soluções e, no final, decidimos ir de ônibus.
Quando mandei a mensagem para Mariana que além de ter me ajudado horrores ainda me cedeu gentilmente a chave de seu lar avisando da minha cagada, ela me vem com outra solução: meu tio estava indo para Camamu, de ferry. Decidimos pegar a carona e nos arrumamos em meia hora e eu ainda fui na rodoviária cancelar a passagem de ônibus. Apesar da espera na ferry, a viagem foi agradabilíssima, a conversa foi ótima e nem vimos o tempo passar. De Camamu, pegamos um ônibus para Itacaré e, de lá, pegamos outro ônibus para Ilhéus alto nível, só a nata.
Chegamos mortos de cansados, mas tivemos forças para assaltar o armário de Mariana e Vitor e roubar um pouco de macarrão, atum e tomates pelados para fazer uma gororoba para comer. 
No domingo, já recuperados da maratona, fomos bagunçar em Jeribucaçu e procurar um canto para almoçar. Mariana deu dicas ótimas, mas esqueceu de avisar que em Ilhéus os restaurantes fecham aos domingos.
Acabamos comendo em um restaurante beeem meia boca mal sabia eu o que me esperava no dia seguinte. Depois compramos chocolates a maioria era encomenda e fomos descansar para o show.
O Teatro Mágico foi aquele espetáculo de sempre: emocionante, animado e provocante. Vou me abster de falar de Tiê, tá?
E para comer depois do show: tudo fechado até o Bataclan! O que salvou foi a goguenta Subway.
Hoje fomos para a Engenhoca e depois nos preparamos para ir embora depois de tentar deixar nossa passagem pela casa de Mariana e Vitor imperceptível. Mais uma vez fomos procurar um lugar para almoçar. Novamente as dicas de Mariana e Vitor foram muito úteis, mas eles também esqueceram de mencionar que os restaurantes fecham nos dias de feriado. Acabamos no caça-turista Vesúvio. Tenho de registrar que aquilo ali foi um assalto à mão armada, porque a comida era caríssima e simplesmente uma bomba capaz de matar qualquer um de tão ruim. Pobre Gabriela...
Para finalizar, o Aeroporto de Ilhéus, que mais parecia uma feira livre: gente saindo pelo ladrão, um calor infernal e atendimento de primeira. A única coisa boa foi ter encontrado a trupe de O Teatro Mágico e ter tirado uma foto com Galldino.
Depois do São João e do feriadão, agora é voltar para a rotina.
Amanhã volto para falar mais coisas, resoluções e outras coisas.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sonho meu, sonho meu...

Eu sempre me assusto um pouco quando sonho com alguém. Nunca sei exatamente se esse sonho é apenas um emaranhado de lembranças, a expressão de algum desejo meu, uma projeção ou algo do tipo.
De vez em quando algumas pessoas renascem das cinzas em meus sonhos, em situações totalmente esdrúxulas, e fico me perguntando como e por que elas foram parar lá.
Ou então, sonho repetidamente com pessoas próximas, em situações parecidas. Isso quer dizer alguma coisa ou é apenas uma resposta de meu cérebro à montanha de informações que ele recebe o dia inteiro. Por que aquela pessoa? Por que aquela situação específica? 
A situação mais grave é quando, de algum jeito, eu sei que o sonho é um aviso. Simplesmente sabendo. Eu falo claramente de coisas que alguém vai fazer ou falar e elas se concretizam de forma bem próxima. #medo E quando eu sonho com determinada pessoa e descubro que essa pessoa estava falando de coisas que estavam em meu sonho? #maismedoainda
Diante de tudo isso, é difícil saber quando devo falar que sonhei com alguém, quando devo tentar perceber um recado para mim mesma ou, no mínimo, quando devo fazer força para lembrar dos números que teimaram em aparecer na fase R.E.M do meu sono. 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Eu disse: olha o fogo, olha o fogaréu!!!

E já é São João!!!
Época boa para dançar, comer e tomar licor, porque ninguém é de ferro.
Este ano o calendário nos deu um nó, e o São João caiu bem no final de semana. Como eu posso dar uma fugidinha na sexta-feira, menos mal.
Minhas festas juninas não são assim um exemplo de animação (não é, 31ª??), afinal não tenho muita gente ao meu redor disposta a ralar o bucho. Pelo menos dá para comer e jogar conversa fora em volta da fogueira.
E como não poderia deixar de ser, nada de enfiar o pé na jaca. As comidas juninas são uma tentação atrás da outra, então o lema para o período é: moderação, moderação e moderação.
Espero que a chuva dê uma trégua, que é para eu pelo menos poder fazer uma caminhada.
Então fica aqui meu desejo de bom São João a todos (e meu sinto muito àqueles que não comemoram essa festa deliciosa).
Inté a vorta.

domingo, 17 de junho de 2012

Faltam 1h06min...

E hoje acabam as minhas férias.
Estudei, malhei, nadei, assisti aula e até descansei nem de longe quanto gostaria. Alternei cochilos à tarde com páginas e mais páginas de um trabalho sobre dumping social. Misturei aulas sobre direito do trabalho com filmes quase que esquecidos em meu HD. É, a gente faz o que pode, não é mesmo?
A volta ao tronco trabalho se dará em situação menos complicada do que imaginei. Coincide também com as férias do curso de italiano e com a minha saída a princípio temporária do Pilates. A vida não pode ser de todo ruim, apesar de tudo hehehe
Ou seja, esse período de férias não foi o ideal? Não não foi. Não foi como eu gostaria? Não, não foi. Deu para descansar? Não, não deu. Só lamento. Era o que tinha para hoje. Coragem, o São João vem aí!
Vamos colocar um sorriso na cara, tomar um chazinho e ir dormir porque amanhã já tem processo piscando para mim em cima de minha bancada. E olha que eu nem terminei meu trabalho da pós ainda...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Não é o que você disse, mas a forma como disse...

Já ouvi e falei muitas vezes essa frase. Num apego quase irracional ao tom e às expressões faciais, fingimos aceitar bem aquilo que nos foi dito. A realidade é um pouco diferente.
A realidade esconde que, por trás de palavras duras, por vezes até grosseiras, normalmente está a preocupação de alguém que não encontrou outra forma de atingir seu objetivo, que é ajudar.
A pegunta é: quem nos deu o direito de machucar em nome de ajuda? Quem nos permitiu ultrapassar a linha tênue da dureza e ofender aqueles que amamos? Mais: quem decide o que é ajudar?
Quando nos damos conta, já ofendemos, já magoamos, já machucamos, e pior, provavelmente nem ajudamos.
E fica a ressaca moral, remoendo o que deveríamos ter falado de diferente, o ponto exato em que ultrapassamos o limite e atingimos em cheio um amor, uma amizade.
No fim, o que resta? Ter a humildade de pedir desculpas e torcer para que elas sejam aceitas. E rezar para que a pessoa entenda que fizemos o que fizemos com a melhor das intenções apesar dessa frase soar horrível e cafona.



O Poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Pablo Neruda