segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Porque ir é importante, mas voltar é bom demais

Primeiro dia pós lua de mel. O que estou sentindo além de cansaço? A necessidade de "arrumar a casa". Muita coisa para fazer, agradecimentos, trabalhar, essas coisas, né?
Mas vamos falar do que interessa? E Buenos Aires?
Vou tentar fazer um resumo sucinto.
O que amei: as avenidas enormes, as pessoas andando de bicicleta para cima e para baixo, a quantidade de restaurantes encantadores, a vida cultural, apresentações maravilhosas nas praças, o sorvete, as pessoas lendo em todos os lugares, as praças cheias de gente apenas fazendo nada, a personalidade de homens e mulheres, no agir, no vestir, as empanadas.
O que detestei: o turismo acéfalo, a situação do metrô e suas estações, a sujeira na cidade, a quantidade de pedintes, o "cubierto", os motoristas que não respeitam pedestres, mas apenas os sinais de trânsito, os ônibus.
Foram dias intensos, mas sem stress exceto pelos meus pés doendo e quando Momô indicava o caminho errado. Fizemos o que deu para fazer, do jeito que deu. O que ficou faltando, fica para a próxima. E olhe que faltou foi coisa. Apesar de lá escurecer super tarde, parecia que os minutos escorriam por entre meus dedos e o dia já tinha ido embora.
Só para concluir, o destino não poderia ter sido melhor para a lua de mel. Estou um trapo de cansada, mas pronta para o que vem agora.

domingo, 13 de janeiro de 2013

De direito, de fato e de coração

Hoje sou uma mulher não só oficialmente casada, mas simbolica e emocionalmente casada. Não sei se consigo escrever sem reviver as emoções e tome chororô, mas vou tentar.
Na sexta-feira foi o casamento no civil. No meio da correria dos preparativos, para tudo que tá na hora de casar! Dá uma bagunçadinha no cabelo, faz uma maquiagem básica e toca pro fórum. Erico estava numa elegância só. Mas mais alinhadas que linha de trem estavam minha sogra e cunhada. Gente, um arraso!!! 
A cerimônia de Dr. Alberto, para variar, foi lindíssima e emocionante. Ainda bem que ele não mandou a gente falar, porque ia ser difícil. Agradeço a todos que estiveram presentes: Amanda, Jonatan, Nildes, Bruna, nossos pais, Daisy, Tiago, Bia.
No sábado, aí sim posso falar em correria. Fomos dormir mais de 1h da manhã fazendo arranjo de flores. Por volta de 10h, me tiraram de casa talvez com medo de um surto???. Lá vai eu pegar bem casado, macaron, mini bolo, comprar espátula, cestinha para as flores. Quando chego em casa, parecia que o trabalho não terminava nunca. Claro que eu só lembrava de um sonho que tinha tido há algum tempo de que na hora de os convidados chegarem não tinha nada arrumado. Aos poucos, as coisas foram se ajeitando, o espaço tomando forma e o nosso projeto acontecendo. 
Por volta de 14:30h, tive de parar para tomar banho. A vontade era continuar trabalhando para ver tudo pronto, mas sabia que não dava. Depois do banho, ainda ajudei em algumas coisas. Então, Carlos e Max chegaram para a maquiagem. Ficou tudo lindo. 
O DJ demorou horrores para começar, se atrapalhou todo com as músicas, uma confusão tão grande que eu já estava quase decidindo entrar sem música nem nada. Mas aí finalmente ouvi a música que marcava o início da cerimônia. Ouvi a música de minha daminha e minha florista. Ouvi os gritos e palmas dos convidados quando o noivo entrou. Ouvi a minha música que foi a mesma música que o noivo escolheu para ele. E entrei com meu lindo buquê de flores de tecido e de braços dados com meu pai esses meses todos ele me disse que não entraria comigo. Era um corredor de gente, as pessoas de pertinho me vendo entrar, muitas já chorando. Fixei num ponto do horizonte e segui adiante.
Então começa a cerimônia. A celebrante, minha prima Bárbara, falou lindamente. Apesar de saber tudo o que estava escrito no roteiro, ainda assim me emocionei aliás, acho que todo mundo chorou. Também foi difícil ler meus votos e segurar as lágrimas na hora dos votos de Erico.
Foi lindo ver Bia e Dudinha trazendo as alianças. E as palmas dos convidados quando a cerimônia terminou. 
Inesperados também o abraço emocionado de minha sogra e de minha cunhada e suas palavras cheias de carinho. Sim, eu vou cuidar dele, podem deixar comigo.
Eu não sei explicar a minha satisfação por tudo ter dado tão certo. O que deu errado foi tão pequeno que acho que só percebeu quem sabia exatamente como tudo deveria transcorrer. Não faltou comida, bebida ou espaço. Até o calor deu uma trégua, e chuva, que tinha dado as caras na noite anterior e pela manhã, só caiu depois da festa. Cada detalhe fez sucesso. Acho que muita gente sequer imaginava a riqueza do que faríamos. Tudo foi elogiado pela simplicidade, pela personalidade, pelo cuidado e pela beleza. Alguém disse que foi o casamento mais bonito que já tinha visto. E eu me senti extremamente orgulhosa de tudo que fizemos, sem falsa modéstia. Por conta disso, não pude deixar de agradecer às pessoas que tanto me ajudaram, além de meu pai e minha mãe. Achei que minha mãe fosse passar mal de tanto chorar quando viu a réplica da Igreja de São Judas Tadeu que eu comprei diretamente da Armênia.
E a hora da fita no bolo e do buquê? A mulherada descontrolada para puxar a fita do bolo e ver quem seria a próxima a casar!!! E depois quase me derrubando da escada para pegar a fita que estava amarrada no buquê! Isso sem falar no nome na barra do vestido!!! Nalva foi a sortuda o mesmo não posso dizer do futuro pretendente, que, se bobear, termina algemado!.
O que mais posso falar de uma festa que foi ainda melhor do que eu podia imaginar? O que posso dizer da presença em peso de tantas pessoas queridas? E a emoção de finalmente estar casada com a pessoa que escolhi para estar ao meu lado? Hoje, posso dizer que valeu à pena cada segundo de trabalho, cada hora a menos de sono, cada centavo investido. Sim, uma festa dessa é investimento, não tenho dúvida. É reafirmar amizades, estreitar laços, solidificar relações, emanar amor. É dar e receber carinho. É se sentir importante na vida das pessoa e ter a certeza de que essas pessoas são imprescindíveis nas nossas vidas.
Eu começo uma nova forma de escrever a minha história com Erico, formando a nossa família. Mas não esqueço de onde viemos, de quem são nossas raízes e de todas as pessoas que fazem de nossa vida uma belezura de se viver!
E, mais uma vez, obrigada a todos aqueles que fizeram desse dia um dos mais bonitos da minha vida!!!

sábado, 12 de janeiro de 2013

Lá vem a noiva, toda de branco...

Estou aqui em meu quarto, me arrumando para o grande dia. Eu já sou oficialmente casada desde ontem, mas falta a cerimônia, que para mim é muito importante.
Foram 05 meses de planejamento, correria na hora dos ajustes, mas ainda assim não houve desespero.
Acho que agora estou começando a ficar emocionada.
Estou muito orgulhosa de mim, porque em momento algum surtei. Houve algumas palavras mais ríspidas aqui e ali, mas está tudo correndo bem. Estou aqui olhando para meu vestido, meu sapato, meu buquê, e estou achando tudo lindo. 
Já deu tudo certo, e eu só tenho a agradecer.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Trintei e gostei!

O primeiro post de 2012 demorou a chegar, hein? A maioria vai entender o motivo do meu desleixo com este cantinho #acaminhodoaltar
Nada melhor para começar o ano do que fazer aniversário. Para mim, o ano só começa depois que assopro as velinhas tá, eu odeio assoprar velinhas e mais ainda cantar parabéns, mas vale a alegoria. Eu adoro fazer aniversário. Acho uma data minha, data que me foi dada de presente ok, gata, menos viagem.
Escrevo agora faltando poucos minutos para fazer 30 anos. É uma coisa meio pesada. Porque assim, fazer 20 é você meio que dar o passo final saindo da adolescência. Fazer 30 é dar o passo inicial entrando na velhice então?? Me recuso. Vá lá, reconheço que por aqui os pés de galinha estão tão presentes quanto num galinheiro. O tempo faz seus estragos. Perder um quilo leva séculos, para ganhar basta respirar mais fundo um pouco. Beber? Ihh, vá com calma, porque hoje em dia a ressaca é pior e dura mais tempo! Virote? Ahn? Esquece, coisa do passado.
Mas o tempo tem lá seus encantos. Hoje me sinto mais confiante, mais segura de mim, mais conhecedora de quem eu sou. Me acho mais bonita. Se por um lado reconheço meus defeitos e sei quais dele merecem atenção especial, por outro aprendi a ser mais tolerante, comigo e com as outras pessoas. Sou mais paciente e menos explosiva. Já não sou tão barraqueira a gente está aqui para dizer a verdade, não é mesmo?. Finalmente entendi que não preciso travar todas as batalhas.
Ainda há muito que aprender. Preciso falar menos, quem sabe até falar menos palavrão. Tenho de ser mais econômica. Dirigir com mais doçura. Preciso entender que nem todas as pessoas que me rodeiam merecem minha ajuda e minha dedicação. Preciso mais ainda aceitar que não posso ajudar a todos.
Mas vou deixar essas aulas para depois da lua de mel, tá?
E de presente, me dou essa frase:
"Ainda há muitas histórias para serem lidas, para serem escritas, para serem lembradas. Até para serem vividas, quem sabe?"