quarta-feira, 25 de julho de 2012

Ser tia é padecer no paraíso


Ontem e hoje foram dias de ser tia em tempo quase integral.
Daí que esse exercício do meu instinto materno, na verdade, tem é conseguido afugentá-lo. 
Gente, criança dá trabalho demais. E quando você está de "mãe-postiça", não tem essa de cansou, devolve. Claro, é legal, é engraçado, é até emocionante. Mas é muita responsa, principalmente quando não se é daquelas tias que só servem para estragar do tipo dar bala e pirulito para jantar. É banho, comida que inclui convencimento a tomar sopa e comer folhinhas, regras de educação, diversão, hora de dormir e ser massacrada na cama. É querer um tempinho para você e ter um pingo de gente te chamando para brincar. É ter uma programação e ela de repente virar de pernas pro ar, porque a criança ficou doente, embirrou, dormiu ou qualquer contratempo de natureza semelhante. É precisar trabalhar e não conseguir porque não dá simplesmente para transferir o papel de ser pai e mãe e tia para a televisão ou para a babá. E olhe que hoje a TV fechada tem programas de ótima qualidade. Mas nada como o contato humano, a troca, o aprendizado de ambos os lados, diga-se de passagem
Não estou maldizendo as crianças, não me entendam mal. Eu adoro criança e elas normalmente me adoram. Faço às vezes as mais embirradas virarem minhas melhores amigas. Já tive fase de estar louca para engravidar. Hoje essa vontade está escondida em algum canto obscuro de minha alma. Hoje não me vejo pronta para abrir mão de grande parte de minha individualidade em nome de outra pessoa que vai depender de mim para quase tudo por um bom tempo. Talvez isso seja uma fase, justamente por conta desse meu momento de cuidar de mim mesma. Quem sabe...
Por enquanto, podem continuar trazendo seus filhotes, porque estou amando ficar para titia, tá?

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