domingo, 12 de agosto de 2012

O que ganhei do meu pai

Neste dia dos pais, como quase todo mundo, venho prestar a minha singela homenagem ao meu.
Divido com meu pai tantas coisas que nem sei se cabem aqui.
Herdei de meu pai o amor pelos livros, a leitura desenfreada e frenética de quase tudo que caísse em nossas mãos.
Ganhei de meu pai a herança genética do traço de talassemia.
Tenho, assim como meu pai, um jeito marconiano de ser que é um pouco ofuscado pela herança espenhola.
Temos uma real atração por discussões infrutíferas e que não agregam nada a ninguém.
Meu pai me deu de brinde a falta de bunda e que foi reforçada pelo lado de minha mãe.
A vontade de saber de tudo um pouco: é, foi meu pai quem me presenteou.
Uma personalidade teimosa, revoltada e insatisfeita quando as coisas estão erradas: sim, meu pai tem, e eu também.
Tenho que ser honesta e dizer que brigo muito com meu pai, apesar de que tantas vezes ele nem sabe disso. Brigo porque quero que ele se cuide, brigo por conta das posturas dele, brigo por causa da pirraça. 
Brigo porque amo.

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