quarta-feira, 10 de julho de 2019


Texto de 10/07/2016
Sempre é tempo de plantar e colher. Tempo de saber que a semente pode vingar ou simplesmente recusar-se a brotar. De ter paciência para esperar a germinação e v
er o caule romper a terra e se revelar.
Plantar é vida. E ensina muito sobre ela. Sobre as consequências de nossas ações. Sobre fazer as coisas acontecerem. Sobre não ter pleno controle sobre tudo. Sobre lidar com adversidades.
Mexer com a terra é mais do que jogar um bando de sementes em um vaso e desejar que nasçam. Porque é preciso humildade para entender que fazemos parte dessa cadeia. Nutrimos as plantas e elas nos nutrem, e não falo apenas em um sentido alimentar. Sim, as plantas interferem em nossas sensações, mudam o aspecto de nosso ambiente, trazem conforto e bem estar. E sim, algumas delas também nos alimentam. E elas se alimentam. Se isso não é um círculo virtuoso, então não sei mais o que é.
Hoje senti que precisava meter a mão na terra. Porque precisava de uma lufada de vida em minha vida; precisava acreditar no nascimento e no renascimento; precisava lembrar que a semente, para brotar, tem de romper a sua casa e superar a terra, que também lhe sustentação e nutrientes, e que lhe lembra de onde ela veio.
Assim somos nós. Nascemos muitas e muitas vezes ao longo de nossa vida. Somos sempre semente, lutando para germinar, crescer, florescer. E dar frutos. Sim, espalhar o bem é uma forma de dar frutos.
É tempo de plantar para semear a existência, de preparar a terra e fazer brotar o amor. Tempo de saber esperar o momento certo para a colheita. E de saber que, se nada nascer, outras sementes virão e renovarão a nossa fé no ciclo perfeito da vida.

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