terça-feira, 27 de agosto de 2019


Texto de 27/08/2019

Compasso de espera. Horas, dias, semanas. Não, não, o tempo insiste em não passar. Ou será que ele está correndo mais rápido do que precisamos - e percebemos? A
 resposta apenas virá mais tarde. Espero que não tarde demais.
Não ter nada para fazer é angustiante. Claustrofóbico. Doloroso. Nos exige paciência, resiliência. É preciso viver. Seguir é preciso. 
Tudo como dantes no quartel de Abrantes. Vamos tocando a nossa existência, rotina, afazeres. Fingimos? Conversamos amenidades, tratamos de pequenos acontecimentos. É, a gente vai levando.
Fazemos prognósticos imaginários. Traçamos ações e reações. Criamos falas para cada situação.
Mas a verdade é que não temos a mínima ideia do que vem por aí. Porque não se parece com nada que já vivemos. E a vivência dos outros nos serve de quase nada.
O tic tac fictício é nosso carrasco e professor. De um jeito ou e outro, nos mantêm acorrentados ao seu passar modorrento. De um lado nos tira o sono, de outros nos ensina que precismos encontrar novos jeitos para sorrir.

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