Sobre uma casa. Um lar. Parede, tinta, gesso. Tijolo, piso, rodapé. Amor. Pessoas preenchendo vazios. Que importa se não tenho guarda-roupa? E daí se o sol poente queima meus olhos através da janela sem cortina?
Vejo amigos em cada canto. O tempo todo. Mesmo quando não estão aqui. Porque sempre estão. Nas tardes modorrentas e nas noites divertidas.
E não haveria aqui se não fossem outras tantas pessoas. O teto, as cores, e outros tantos detalhes nada pequenos. Existem apenas porque outras mãos se fizeram presentes. Dia após dia. Mesmo quando eu ameaçava desistir. Quando eu nem mesmo acreditava.
E apesar de tudo, isso fez-se um lar. Um grande coração pulsando e vibrando para nos acolher a todos. Ainda que de forma improvisada, porque um ano depois temos um quarto da bagunça que teima em nos desafiar.
Um ano aqui é uma vitória. É ter conseguido me sentir acolhida entre paredes frias. É tê-las tornado um abraço apertado, um colo macio e um ombro compreensivo.
É saber que, ao menos por ora, este é o meu lugar. E o lugar de quem quiser chegar.
Obrigada.
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