sexta-feira, 24 de julho de 2020

Texto de 23/07/2017
A noite passa devagar, apesar das gargalhadas que a recheiam com a mesma competência que as cebolas caramelizadas e o krem rechearam nossos hambúrgueres. Sim, hambúrgueres, como aprendemos há anos na propaganda da rede de fast food do palhaço. Mas aqui o katchup é caseiro, e dessa vez não é de goiabada.
Não são nem 22h, mas a noite foi tão generosa quanto a porção de batata frita de forno que comemos de forma quase instantânea.
Ah, a mesa que parece não caber todo mundo, mas se ajeitar direitinho todo mundo come. E ri. E revela confidências. E troca olhares. E chamados. Tudo normal.
O papo segue firme enquanto brincamos de bobinho e falamos amenidades e abobrinhas com entusiasmo. Polenta.
Circulamos por todos os assuntos, mas a noite pede leveza. Talvez porque a gente já esteja um pouco cansado de carregar tanta atrocidade no coração. Nossos sorrisos precisam se conectar. E se unem numa vibração que segue o compasso de Kaoma. Por que é que você foi embora sem dizer pelo menos adeus? Rum bum bum bum bum bum bum.
Já vão? Avisem quando chegarem. Voltem sempre. A cama está disponível.

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