quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

16/12/2017

 Continuo cheia de pendências. Pequenas coisas fora do lugar e que vão me consumindo graça... Um chuveiro que pinga, uma torneira que vaza, uma tomada que falta, um exame que não consigo marcar, uma consulta que perdi o prazo para retornar...

Os provisórios que se tornam definitivos até que a gente nem lembre como era o plano original.
Sonhos empurrados com a barriga. O tempo, aquele que a gente nunca tem, passa rápido quando é para atropelar nossos desejos.
Dias, horas, nossas mãos não são capazes de segurá-los.
Em vez de correr, resto paralisada diante da minha incapacidade de domar o tempo e seus desdobramentos. Apenas observo as poeiras e teias de aranha dominarem minhas vontades, que vão se aninhando em algum lugar do meu peito, ao lado do choro engasgado.

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