terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Telegrama visual

Não mais do que 10 palavras. E de repente meus olhos estavam cheios de água e meu corpo transbordava uma emoção que eu não saberia explicar.
Esperava ansiosamente pelo meu telegrama visual. Qual seriam as palavras usadas? Elas me descreveriam de fato? E a imagem? Eu me enxergaria nela?
Não poderia ser mais perfeito. Não poderia me tocar mais profundamente. Me senti contemplada e devassada, provocada por aquela obra tão completa e tão intensa. Palavras e fotografia formando um todo indissociável. O instante lapidado até chegar no resultado almejado. Isso é arte. Isso é interação que só alguém com muita familiaridade com as linguagens é capaz de conceber e realizar. 
O telegrama fala por si só. Sem subterfúgios, sem rodeios. É Marcella, com seu ritmo frenético e sua vontade de abraçar o mundo, querendo tanto, querendo tudo, querendo mais. Achando que sim, dá para fazer. Tira umas horas de sono aqui, faz dezoito coisas ao mesmo tempo aqui, controla casa milésimo de segundo com mão de ferro e pimba! Quase deu, droga! Se eu não tivesse perdido tempo naquela ligação, se não tivesse ficado presa no engarrafamento, se o sistema não tivesse caído, se Erico não tivesse demorado um minuto a mais para chegar, se...
Obrigada, Maíra Viana, por tudo que você me proporcionou desde que nossos caminhos se cruzaram, em uma dessas piadas do destino. Que nossos passos continuem se encontrando pela estrada, porque ela com certeza fica mais rica com a sua presença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário