segunda-feira, 24 de março de 2014

A carta e os moinhos de vento

Blog parado por aqui é sinal de muita movimentação na "vida real". Véspera de férias, processo acumulado, milhares de eventos... É, está difícil conciliar tanta coisa, para variar. Mas são coisas boas, que estou fazendo por prazer e por convicção. As aulas de italiano recomeçaram, estou me esforçando para pedalar com regularidade e ainda tem a academia.
Como se eu não tivesse coisa suficiente para fazer, ainda invento mais. A mais nova é uma petição pública em combate à violência contra ciclistas.
Depois de ver inúmeras postagens sobre assaltos a ciclistas em diversos pontos da cidade, não consegui me conter e tive de fazer algo mais do que simplesmente permanecer reclamando nas redes sociais. 
Numa postura talvez utópica, quem sabe ingênua, quiçá quixotesca, resolvi escrever uma carta aberta buscando soluções para o problema. Tendo em vista que o problema da violência é complexo e possui várias origens, a solução também não é simples e demanda atuação de várias áreas. Por isso não me limitei a simplesmente solicitar mais policiamento para a região. Seria temporário, seria limitado. 
Hoje temos, com certeza, um mercado de receptação, pois existem bicicletas realmente caras rodando por aí. Basta ver alguns anúncios estranhíssimos de bikes na OLX. E não sei se existe uma investigação de fato sobre para onde ou para quem vão essas bicicletas roubadas. Também é necessário que se tenha uma política de estímulo ao registro das ocorrências, de forma que se tenha uma dimensão real da quantidade de assaltos e dos locais de maior ocorrência.
Infelizmente, a mesma energia que eu tive para formular a carta aberta e criar uma petição pública não é compartilhada pela maioria das pessoas. Tudo bem que não sou uma pessoa com milhares de contatos ou super bem relacionada, mas tenho lá meia dúzia de amigos, participo de alguns grupos... Ocorre que essa minha rede de relacionamentos se refletiu em apenas 92 assinaturas até agora. Quase nada, né? Pois é. Isso sem falar nos amigos e conhecidos daqueles que assinaram e divulgaram.
A minha dúvida é apenas se as pessoas não assinam por não acreditarem, por discordarem ou por mero descaso. Nunca saberei, acho.
Para quem se interessar, basta clicar aqui para ver a petição pública. Se achar por bem assinar, deixo desde já meu agradecimento.
E se quiser ouvir a matéria e minha entrevista feita pela CBN Salvador sobre a nossa mobilização, pode clicar aqui.
Bom, quanto a mim, continuarei trabalhando pela petição enquanto achar que ela é viável. Porque posso não ter um networking de respeito, mas pelo menos mantenho meu senso do ridículo. 

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