quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A difícil arte de montar quebra-cabeças

(ou como organizar uma rotina louca)
Quem me acompanha aqui no blog ou convive comigo sabe que eu dou nó em pingo de éter para dar conta de tudo que invento fazer. Vamos relembrar a listinha por motivos óbvios, não vou incluir trabalho, sono, sexo e refeições
Na categoria atividades físicas, tenho a natação, o pilates e a musculação. Na categoria atividades intelectuais, faço inglês, italiano e, a partir de março, pós graduação sim, eu devo ser louca mesmo. Na categoria de saúde do corpo e da mente, bato ponto no RPG e na terapia. Tá bom ou querem mais?
Aí eu olho para o meu calendário de riscar e apagar, olho para a minha agenda do celular, olho para o relógio do computador e olho para o despertador. É inevitável perguntar: eu vou mesmo dar conta disso tudo? Não posso abrir mão de nada? Nada pode ser adiado?
É difícil responder. Vamos por partes. 
Natação: eu adoro nadar, sinto prazer dentro da piscina menos quando está chovendo e fazendo frio, claro, acho importante por conta de meu joelho e me divirto com a descontração nas aulas. Pilates: é imprescindível por conta de meus problemas de coluna, para eu controlar a minha hiper-flexibilidade, acertar a postura e o alongamento. Musculação: sem ela, vai ser difícil voltar a encarar caminhadas mais puxadas nem falo de correr, acho tão distante ainda e até o spinning. É a forma mais eficaz de proteger meu joelho da condromalácia, de reverter a fissura de menisco, através do fortalecimento dos músculos da perna, e de virar uma mulher-fruta ainda não decidi, qual fruta, mas estou quase lá.
O curso de inglês eu ganhei numa promoção, dois semestres 0800. Nada mal, né? Não posso dizer que gosto, mas entendo que é necessário, além de uma ótima oportunidade. O horário e a localização me atrapalham um pouco, mas o fato de ser de graça pesa bastante.
O italiano eu amo, apesar de não me dedicar como eu gostaria. Adoro minha turma, fico felicíssima de, cada vez mais, poder assistir filmes sem ser dependente das legendas, acho engraçado explicar a diferença de pene e penne isso é engraçado hahahaha e o horário é bastante conveniente. Além disso, o semestre fica barato para mim, que sou descendente de italiano. A viagem para a Itália num futuro incerto também conta a favor.
A pós é que é mesmo a maior loucura. Confesso. É um curso oferecido pelo TRT aos servidores, em forma de convênio com um conhecido site de cursos jurídicos. De graça. Eu já fiz pós. Eu já enlouqueci com a pós. Eu já havia decidido que não queria mais estudar. É, eu devo mentir muito bem, porque eu mesma acreditei em mim. O que pesa em favor da pós, fora o fato de ser de graça e on-line, é que é uma forma de me obrigar a estudar. Quem, como eu, perdeu o interesse em fazer novos concursos, sabe que o ritmo de trabalho às vezes engole a gente. Produzimos textos em um ritmo de linha de produção, de forma quase mecânica, e o estudo vai sendo deixado de lado. Mas precismos estudar, só que não temos o estímulo do concurso iminente. E aí?
Por fim, mas não menos importante, o RPG, que, como o próprio nome diz, impede meu pescoço de ficar mais duro do que isso mesmo que vocês pensaram, e minha lombar de doer mais do que os quartos de mulher grávida. A terapia, então, dispensa cartão de visita. Aprendo a cada dia, faço dever de casa, leio textos, e com isso vou tentando ser uma pessoa melhor não sem antes descobrir o que significa ser melhor.
Alguém tem dúvida do que está no topo da lista para sambar se a rotina ficar puxada demais? É, infelizmente, o curso de inglês vai dançar se eu não conseguir dar conta de tudo sem tirar o sorriso do rosto. Claro, apesar de não ter listado formalmente, eu tenho outras necessidades e obrigações, como trabalhar por exemplo, o que me toma bastante tempo, diga-se de passagem. Claro que o fato de trabalhar em casa alguns dias da semana torna a minha rotina mais maleável. Mas maleável não quer dizer frouxa, e se o bicho pega, eu tenho de apertar o passo para dar conta da minha demanda de trabalho né, Sinhá?.
Eu não vou desistir antes de tentar porque sou capricorniana e não desisto nunca. Tenho, no entanto, de ter a humildade de reconhecer que talvez não seja capaz de dar conta de tudo e de que não posso querer abraçar o mundo o tempo inteiro. Preciso ter o compromisso comigo e com aqueles que convivem comigo de que vou saber abrir mão de alguma coisa caso eu esteja perdendo qualidade de vida e tempo de convivência com minha família e com momô, coisas que, para mim, são prioridade.
Amanhã tem terapia, vou ter de falar sobre isso lá hehhehe

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