domingo, 18 de agosto de 2013

Bodas de aço

Ontem, dia 17/08/2013, fiz 11 anos com Erico.
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer às várias felicitações que recebemos. Fico emocionada de ver pessoas que não só torcem, mas comemoram conosco cada nova vitória. E, venhamos e convenhamos, em tempo de relacionamentos relâmpagos, fazer 11 anos de namoro/noivado/casamento não é para qualquer um.
Comemorar bodas de aço significa que não vou zerar meus anos de relacionamento só porque casei. Afinal, já comemorei bodas de papel, algodão, açúcar, estanho... Que sentido faz começar tudo de novo?
Ainda mais que este ano são bodas de aço. Nervos de aço. Homem e mulher de aço. Quer algo mais simbólico? Aço inoxidável. Maleável. Dúctil. Como um relacionamento deve ser. Não se deixar corroer pelos dissabores do tempo e da rotina. Saber se moldar às mudanças e às situações que se apresentam. Aceitar e entender as transformações antes do rompimento.
Não quero que fique parecendo que julgo ou condeno quem não quer ter um relacionamento durável. Também não estou aqui alardeando que tenho um relacionamento perfeito, de comercial de margarina até porque odeio margarina. Que não brigo por besteira. Que não vou dormir de birra muitas vezes. Que não me deixo absorver pela dinâmica louca da vida e, quando percebo, mal falei com meu marido ao longo do dia. 
O fato é que hoje brigamos muito menos do que antes. Amadurecimento? Provavelmente. Ou certeza de que queremos ficar juntos e que não vale a pena alimentar coisas pequenas. Vamos guardar as energias para as brigas importantes, porque elas, mais cedo ou mais tarde, acontecerão.
Não sei se o fato de nos mantermos, de certa forma, independentes, é o segredo do nosso sucesso e de nossa modéstia. Sempre tivemos interesses e atividades que somente diziam respeito a nós. Era como nosso espaço privado. Erico curte música, toca com amigos e amigas sem NENHUM problema de minha parte com isso, brinca de fazer aparelhagens eletrônicas para instrumentos. Eu tenho cá minha malhação, meu curso de italiano, agora meu curso de fotografia... Ou seja, Erico e Marcella existem independentemente de Marcella & Erico, se é que ficou claro. 
Sei que muitos casais funcionam dividindo tudo e mais um pouco até coisas que considero hiper ultra mega desnecessárias e até nojentas. Casais que fazem tudo e quando eu digo tudo, é tudo mesmo juntos. Casais que se falam o tempo todo né, Bárbara e Magali?. Casais em que cada um é incapaz de pensar no que quer sem pensar no que o casal quer. Casal que não consegue fazer planos individuais, como se os sonhos fossem todos divididos. Com a gente isso não funciona. Sempre procuramos manter uma parcela significativa de nossa individualidade. É claro que muita gente pode achar que essa individualidade significa afastamento, falta de interação. Ou seja, tudo é a perspectiva.
Como eu digo, cada casal tem a sua dinâmica, suas regras. O que importa é que sejamos todos felizes e saudáveis como casal. Que comemoremos bodas e mais bodas. Que estejamos juntos porque queremos. Que jamais deixemos faltar respeito e compreensão. Que nos façamos bem. Que saibamos rir um com o outro e um do outro. Que existam noites em que não possa existir aconchego maior do que simplesmente dormir abraçados. E que o amor seja a cola que nos une em busca do objetivo maior: ser feliz.

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