domingo, 1 de fevereiro de 2015

Menina Bike Girl. Angel no Pedal. É, chega uma hora que temos de arrumar isso tudo.

Eu sabia que 2015 seria um ano movimentado, mas precisava ser tudo tão rápido? Tinha de acontecer tudo ao mesmo tempo? O ritmo frenético faz parte do pacote?
Janeiro nem bem terminou e foram tantos acontecimentos que até me sinto zonza. Quase não sei por onde começar, pois parece que as demandas são infinitas.
Não dá nem para dizer que não imaginada ter chegado onde cheguei. Não existia onde. Não existia pensar sobre nada disso.
E quando dei por mim, estava completamente absorvida e mergulhada nesse projeto Bike Anjo Salvador, querendo fazer mais, querendo fazer melhor. Apesar da animação, o receio de não dar conta, a dúvida sobre estar fazendo a coisa certa, o questionamento sobre as decisões tomadas não deixam de pairar sobre minha cabeça. Porque, né, você já participou da articulação de um grupo desse tipo? Pois é, nem eu! Ou seja, zero know-how!!!!
Batendo cabeça, dando com os burros n'água, recebendo balde de água fria, o que não falta é chavão para descrever esse percurso. Não vamos acertar sempre. Acho que vamos errar muitas vezes, para dizer a verdade. Mas eu garanto dar o meu melhor. O que não falta é vontade de aprender, de conhecer e vivenciar tudo que existe por aí. A bicicleta é um vasto mundo, e eu nem me chamo Raimundo, não sou rima nem solução. Não estou aqui para apontar verdades ou ser dona da razão de nada. Só posso oferecer a minha dedicação e o amor que desenvolvi por esse que é mais do que um projeto, mas um movimento por mudanças de paradigmas.
E é por conta da dimensão que o Bike Anjo Salvador tomou que tive de tomar algumas decisões. Sim, eu preciso trabalhar. Eu também tenho de tomar conta de minha casa. Eu quero mais tempo com meu marido, minha família e amigos tô falando aqueles que não pedalamEu não posso abrir mão de mais horas de sono. Sinto falta de escrever mais. E, é claro, gostaria de poder não fazer nada de vez em quando, só para variar.
Por conta disso tudo é que tive de exercitar a minha incipiente capacidade de dizer não. Tive de escolher. Deixar alguns anéis irem para que ficassem os dedos. Só que esse processo não acontece sem dor. Deixar de fazer algo que se gosta é um processo difícil. Trata-se de exercer o desapego, abandonar a rotina, desacostumar-se ao padrão.
E foi esse o roteiro que segui para deixar a coordenação do grupo Meninas no Pedal. Desde quando compreendi que fazer parte do Bike Anjo Salvador e do Meninas no Pedal era incompatível, soube que o momento de optar chegaria. Só não pensei que fosse ser tão depressa. Me envolvi tão intensamente com as atividades do BAS que os choques eram inevitáveis. São perspectivas diversas, em que pese os objetivos muitas vezes se aproximarem, tanto é assim que os grupos são parceiros.
E então, mesmo que meu coração seja eternamente cor de rosa, chegou o momento de fazer meu trabalho em outro lugar, onde eu talvez me faça mais necessária, pelo menos por enquanto. 
Isso não significa dizer que não sou mais uma Menina no Pedal. Sou e sempre serei. Sou muito grata pelo que o grupo fez por mim. Foi no MNP que pude crescer, exercer um papel que nunca me imaginei fazendo, desenvolver habilidades. E mais, foi o MNP que me proporcionou conhecer muitas pessoas e ter acesso a outras tantas, por conta do papel que assumi nesse grupo.
Agradeço às pioneiras do grupo por terem me recebido e aberto as portas para mim, principalmente a Karina e a Cândida, com quem dividi boa parte dessa jornada.
Agradeço a todas as meninas pela confiança, pela ajuda e pela compreensão com esta Fiona que vos fala.
Agradeço a todos que acreditaram nesse grupo e nos apoiaram desde o início.
Agradeço aos ciclistas que nos receberam em seus grupos, que nos convidaram para seus pedais e que tiveram a paciência e boa vontade de nos ensinar, dar dicas e ajudar. Acho que fomos boas alunas! Podem continuar chamando porque nós vamos!!!
Agora parto para desbravar novos mundos. Eu tenho uma porção de coisas para conquistar, então vou ali pegar minha bike, porque não posso ficar aqui parada. E vou de rosa.

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