sexta-feira, 5 de abril de 2013

Quando o corpo pede calma

Não adianta fingir que tá tudo bem. Não adianta fazer de conta que não tem nada acontecendo. Não adianta varrer a sujeira para debaixo do tapete.
Em algum momento, os sentimentos vão se revelar. E se eles não se mostram por bem, se mostram por mal.
No meu caso, foram as aftas, a hipoglicemia, a barriga meio esquisita e a coluna. E o cansaço, claro.
Sabe bateria de carro quando dá o primeiro aviso de que vai embora? Pois, a gente sempre acha que dá para andar mais um pouquinho. Até a hora em que arria de vez.
Eu bem que fui tentando deixar para lá. Mas sempre há muito a ser feito. Como deixar a busca pelo apartamento para depois? Como não providenciar os documentos para ontem? Como não ficar tensa com a questão da abertura e reconhecimento de firma. 
Mais importante: como ter tempo para tudo isso e ainda malhar, comer, dormir, trabalhar e dar atenção a um marido que tá mais para namorado mesmo
Sabe o que vai acontecendo? Como um papel pega mosca, uma coisa vai grudando na outra, e aí chega um momento em que você não diferencia mais o que é cansaço pela espera do apartamento da tensão para que as coisas se resolvam, da ansiedade para finalmente estar em sua casa etc etc etc.
Então quer saber? Quem quiser que aguente minha cara feia, mas é a que tem para hoje, tá?

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