quarta-feira, 16 de novembro de 2011

É, morena, tá tudo bem...

Esse é um post especial de aniversário, em homenagem à minha irmã, Bruna.
Há 18 anos atrás, Bruna fazia sua estreia neste mundo, em uma situação que misturava alegria, tristeza, receio, ansiedade, medo, preocupação e impotência.
De repente, eu, com quase 12 anos, ganhei uma irmã caçula, que cresceria contando com vários pais, mães, tios e tias postiços.
Ser amorosa sempre foi sua marca registrada. E assim, ela crescia: bonita, tímida e cercada de proteção. Hoje, olhando para trás, percebo que nunca tivemos coragem de jogá-la aos leões, sabe como é? Ela, com seu jeito ora retraído, ora dengoso, colocava um a um de nós no bolso, e fazia com que continuássemos a protegê-la de tudo e de todos. De vez em quando, em rompantes de lucidez, percebíamos o que estava acontecendo, mas acabávamos novamente envolvidos na sua teia de sorrisos e meiguice.
Bruna é pura emoção. Acho que ela tem de se esforçar muito para ser racional em algo. Não sei se isso é bom ou ruim. Para uma capricorniana com pés e se possível as mãos bem fincados no chão, acho perigoso. Mas ela é assim, pisa em nuvens e a cabeça alcança o universo, com seu sonhos e devaneios...
Nunca fui 100% irmã de Bruna. Nunca consegui ser aquela irmã parceira, confidente, cúmplice. Meus olhos sempre se voltaram para ela de forma maternal. Sabe assim: "deixa eu ver se as unhas estão limpas"? Então... Sempre digo que ela foi meu test-drive. Acordei de noite, troquei fralda, levei para médico, fui para reunião de escola, participei de gincana, chorei nas apresentações mesmo depois dela burra velha, tenho de admitir... Se isso não é ser um pouco mãe... Claro que o fato de eu me ver dessa forma maternal não desmerece, sequer diminui, o papel da mãe verdadeira dela, minha mãe, que se doou de tal forma a essa filha raspa de tacho como acho que nem ela sabia ser possível. O cordão umbilical espiritual que unia as duas sempre foi muito forte.
A menina cresceu e está virando uma mulher, mesmo que a gente não consiga enxergar ou admitir. Devo dizer que estou no mínimo curiosa para saber o que vem pela frente.
O que desejo? Uma vida repleta de conquistas, sucesso, amor, sentimentos intensos e experiências fantásticas, porque ela é a prova viva de que não estamos aqui por acaso.

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