sexta-feira, 7 de junho de 2013

Pensar. Comer. Conservar.

Uma das minhas maiores dificuldades em relação à "vida de casada" é a questão da comida. Aliás, não só da comida, mas das compras de uma forma geral. Na casa de minha mãe, já havia um tempo que eu fazia o mercado grande antes mamãe ajudava, mas ela caiu fora depois de um tempo. Não importo com esta tarefa, até gosto, desde que não seja dia de mercado cheio. Então, procuro ir depois do dia 10, em horários alternativos. Mesmo assim, às vezes não tem jeito e rola uma filinha básica.
Aqui em casa, já experimentei alguns modelos de logística de compras. O que está em vigor atualmente é: frutas e verduras em um lugar, produtos industrializados e de limpeza em outro, carnes e peixes em outro. É mais trabalhoso, mas, para mim, o mais proveitoso. Digo logo que não é o modelo mais econômico, tanto pela questão do tempo, de ter de ir em pelo menos três lugares para fazer as compras, quanto pelo preço das carnes e peixes. Mas, em busca de um produto de mais qualidade, optei por pagar mais caro. Estava cansada de peixe fedorento impregnando minha casa.
Passada a questão logística, vem a questão da quantidade. Em nosso lar doce lar somos dois e continuaremos assim por um bom tempo. Antes eu estava acostumada a fazer mercado para quatro pessoas cinco aos finais de semana. A diferença é grande, até porque parte da dieta de Erico é bastante específica.
Tomei alguns prejuízos e desperdicei uma boa quantidade de comida até ajustar. #shameonme Quer um exemplo? Cenoura são duas grandes ou três pequenas por semana. Se comprar mais, a bichinha fica murcha, abandonada, desprezada na gaveta. Por favor, não venham me dizer que pode estar feia para uma coisa, mas pode servir para fazer algum prato. Eu sei disso! Mas, gente, esse prato também tem de ser consumido e existe um limite diário de refeições. Ou seja, ainda que se aproveite, não necessariamente nós vamos dar conta de comer a nova roupagem do ingrediente que estava quase se perdendo. Então, nem sempre o Lavoisier é a solução para tudo.
Agora está quase tudo ajustado, mas ainda erro a mão em uma coisa ou outra. Para determinados itens, no entanto, tive de adotar soluções não tão econômicas, mas mais sustentáveis, como pagar mais caro por um melão para poder comprar só a metade, porque Erico não come.
Ainda tenho de melhorar algumas coisas nesse controle, como colocar data nas coisas que guardo no congelador ou nos frascos gente, farinha aqui dura uma vida e meia. Não atingi esse tao doméstico. Mas quer saber? Por enquanto está de bom tamanho. Ter reconhecido o problema e dado um passo significativo no combate ao desperdício já são atitudes importantes e que fazem a diferença.
E como esta é a semana do meio ambiente, trago a imagem da logomarca da campanha da ONU deste ano  em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho). O país escolhido como sede em 2013 foi a Mongólia. 
Só para se ter uma ideia, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estima que 1,3 bilhão de toneladas de alimentos próprios para o consumo são jogados fora por ano no mundo. É um terço da comida produzida no planeta! O alimento não ser consumido significa que todo o recurso utilizado para a sua produção (água, energia, insumos, alimento para os animais, adubo) também foi desperdiçado. Além disso, existem os custos desse descarte, como o transporte do lixo, a manutenção de lixões, a produção de gás metano decorrente da decomposição. 
Que tal pensar bem antes de comprar e antes de abrir a tampa da lixeira para jogar fora algo ainda passível de ser consumido? Fica aí o tema para a reflexão de todos nós. Sempre. 


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