domingo, 18 de março de 2012

Vende mais porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais?


Calma, eu não vou falar de biscoitos, mas de atividade física.
Há alguns dias, li uma reportagem na Galileu falando que exercícios físicos deixam as pessoas mais inteligentes. Daí vem a frase do título: exercícios físicos nos deixam mais inteligentes ou somos mais inteligentes porque fazemos exercícios?
Bom, o texto falava dos benefícios dos exercícios na ajuda ao aprendizado e para atrasar o declínio mental em idosos. Isso aconteceria porque o cérebro, ao receber mais energia durante a atividade, da mesma forma que os músculos, aumentaria a sua capacidade cognitiva.
A explicação biológica é que quando fazemos exercícios, os músculos criam mitocôndrias meu deus, quanto tempo!, o que também aconteceria com nosso cérebro. Esse acréscimo de mitocôndrias fornece ao corpo uma quantidade maior de energia, fazendo com que o cérebro trabalhe mais rápido e eficientemente.
Saindo um pouco da discussão científica, eu quero falar sobre o que os exercícios têm feito por mim fora as pernas de panicat, claro!. Para quem não lembra, até o ano passado, eu praticamente fazia pilates e natação. Daí, em determinado momento do ano, acho que mais ou menos em junho, saí do pilates e comecei as caminhadas, que viraram corrida e uma lesão no menisco. Não sei se o histórico está certinho e também estou com preguiça de pesquisar aqui no blog.
Na época em que caminhava com meu amigo Samir Chamone, quantas e quantas vezes rezava para chover, para não conseguir acordar, para esquecer de colocar o despertador para tocar. Na época de frio então, não foram raras as oportunidades em que já saí de casa mal intencionada para não ir para a natação. Ou sorri internamente por ter ficado presa em um engarrafamento e não ter conseguido chegar a tempo. Até o pilates sofreu com minhas desculpas genuinamente esfarrapadas.
Já mais para o final do ano, a coisa foi mudando de figura, à medida que eu via as outras mudanças acontecendo em minha vida, em meu corpo e na minha mente.
A atividade física deixou de ser simplesmente uma obrigação ou uma necessidade, mas um prazer, uma satisfação. Eu não precisava mais inventar desculpas para não ir, porque eu simplesmente não sentia vontade de faltar. Mesmo naqueles dias mais cansativos, mais estressantes ou em que a cama estava mais quentinha e confortável, prevalecia a determinação de ir me exercitar. Nos dias em que realmente não consegui ir, procurei respeitar meu corpo.
Claro que às vezes dá uma preguicinha, o trabalho nos envolve aprisiona de tal maneira que fica difícil terminar o expediente ou simplesmente temos outras coisas importantes para fazer.
Mas hoje eu penso que adquiri tamanha maturidade em relação ao meu corpo que seria difícil tirar a atividade física de minha rotina. Ela agrega qualidade de vida, prazer e resultados pernas de panicat com algo que, para mim, tem uma relevância sem igual: envelhecer de forma saudável. Afinal, pode parecer um pouco precoce, mas começamos a envelhecer no dia em que nascemos, se pensarmos direitinho. Temos de pensar no envelhecimento como uma aposentadoria: não dá para tentar resolver quando já se está com 60 anos e não contribuiu nada.

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