segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Perfeição

É preciso muita coragem para fazer o que eu vou fazer neste post. É necessário um desprendimento, uma evolução espiritual, um desapego às coisas mundanas para admitir certas coisas. Mas acreditem, depois do reconhecimento, vem a evolução!!!!





Olhar fotos antigas é um exercício complicado... Sim, porque em algumas fotos você está linda, mas em outras... É, é bom perceber que o tempo, apesar do rótulo de implacável, pode sim ser um bom aliado. De fato, eu acho que estou bem melhor hoje do que há, pelo menos, 09 anos atrás. Claro, nesse tempo alternei fases boas, ruins e péssimas. As péssimas, obviamente, não estão retratadas aqui, minha evolução não atinge tal patamar.
Hoje estou mais magra, meu corpo está melhor, minha pele está mais bem cuidada, apesar de já começar a sentir os efeitos do tempo e do sorrir com os olhos, meu cabelo também está mais legal.
De fato, não posso negar que entre a menina de 21 anos e a mulher de 28 há um caminho longo, por vezes tortuoso e doloroso, mas outras tantas gratificante e vitorioso. Esse caminho deixa marcas não só psicológicas, mas também físicas. Cada sorriso e cada lágrima têm o poder de ficar registrados em nós. Cada minúsculo traço no mapa de nossa vida permanece em nós.
Não que seja preciso ficar com a cara toda enrugada para mostrar quem somos e quem fomos. Mas, de verdade, passar uma "borracha" completa em nossa face, de certa forma, é renegar tudo que vivemos.
Sou totalmente a favor de cuidados com a pele, com o corpo, com o cabelo (apesar de que estes sempre ficam um pouco renegados, por enquanto vou contando com a sorte de eles não exigirem muito de mim). Busco inovações de protetores solares, uso ácidos, hidratantes, produtos para áreas dos olhos, faço tratamentos para tirar marcas, depilação a laser, clareamento, carboxiterapia... Se preciso for Dra. Lorena diz que sim, supero meu trauma de peeling, coloco botox e o diabo a quatro. Mas tudo dentro do limite da razoabilidade.
Acho que a linha entre o que é razoável e o que é exagero pode ser muito tênue, afinal também depende de cada pessoa, da relação dela com seu corpo. Eu penso que é melhor fazer pequenas intervenções quando jovem do que ter de chamar um guindaste para levantar tudo mais tarde. Eu já quis fazer redução de mama. Hoje já penso em deixar a recauchutagem para depois que tiver filhos, e já não penso em reduzir nada. Ou seja, as adequações vão sendo feitas. O problema passa a existir quando a vida gira em torno da beleza e estética, quando coisas vão sendo feitas ou deixando de ser feitas unicamente com esse objetivo.
O importante é sentir-se bem, sabendo reconhecer que não dá para querer virar Barbie, para ignorar a passagem do tempo ou mudar aquilo que está meio programado em nossas células. Quando sua vida tem como única ou principal meta algum desses aspectos, é preciso rever seus conceitos.

“Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter;
repugna-la-íamos, se a tivéssemos.
O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.”
Livro do Desassossego por Bernardo Soares (Fernando Pessoa)

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